VACINA ANTIDENGUE
Saúde faz campanha para ampliar imunização entre jovens
Pré-adolescentes, na faixa etária 10 a 14, são o público-alvo desse esforço concentrado; duas doses
Há cerca de dois meses, os ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) e ACEs (Agentes de Controle de Endemias) da Secretaria Municipal de Saúde estão percorrendo as escolas do Município para falar sobre a vacina antidengue disponibilizadas, gratuitamente, em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
As primeiras doses da Qdenga, um imunizante importado do Japão e aplicado em duas etapas, com intervalo de três meses, chegaram em junho deste ano. De lá para cá, apenas 919 jovens entre 10 a 14 anos, ou 17,1 % da população de 5.375 pré-adolescentes nesta faixa etária em Mogi Mirim, tomaram a vacina.
No entanto, apenas 147 voltaram após três meses para receber a segunda e última dose da Qdenga, ou seja, apenas 2,7%. De acordo com a gerente da VS (Vigilância em Saúde) da Secretaria, a médica veterinária Vivian Delalibera Custódio, esse índice é muito baixo, levando-se em consideração que a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95% de jovens vacinados na faixa etária 10-14 anos.
As agentes da Secretaria da Saúde estão indo às escolas particulares e as redes estadual e municipal de ensino, divulgando a importância da vacina contra a dengue, doença que só este ano atingiu mais de 5,1 mil mogimirianos, com quatro óbitos confirmados.
Vivian lembra que a situação da vacinação em cidades vizinhas é ainda pior. “Itapira, por exemplo, só conseguiu vacinar 72 pré-adolescentes com a primeira dose e somente 9 com a segunda”, apontou Vivian. Já Mogi Guaçu, ela revela que foram 279 (3%) jovens imunizados com a primeira dose da Qdenga e somente 69 (0,7%) receberam a dose complementar.
Para tentar reverter esse quadro, Vivian revela que além das palestras nas escolas, a Secretaria de Saúde também vai reforçar a divulgação da vacina antidengue nas UBSs, além de ampliar a busca ativa dos faltosos, que não retornaram para tomar a 2º dose.
Vivian também faz um apelo aos pais que não deixem de imunizar seus filhos.
“Vacinar os filhos é um ato de amor, de quem cuida e protege”, reforça. Vale lembrar que de janeiro até novembro, mais de 600 jovens de zero a 15 anos foram infectados pela sengue em Mogi Mirim.