Virada Afro Cultural de Campinas abre o mês da Consciência Negra com a 3ª edição do Festival na Estação Cultura este fim de semana

Foto: @morrifazendoarte

Rotas Afro abre o Festival no sábado e no domingo o encerramento fica por conta da Funmilayo Afrobeat Orquestra e Ruffneck Sound System

A Estação Cultura de Campinas será palco da 3ª edição da Virada Afro Cultural, que começa neste sábado, 02, às 08h da manhã com um roteiro turístico pelos corredores culturais pretos da cidade de Campinas, sendo um verdadeiro tour pelos principais espaços de memória sobre a história do povo negro no centro da cidade. As atrações de música, teatro, poesia, exposições, gastronomia e artesanato abrem às 10h15 na Estação. Às 20 horas, o rapper Rincon Sapiência sobe ao palco e encerra o dia de evento às 22 horas. No domingo, 03, a programação começa também às 10h15 e segue até as 22h com Funmilayo Afrobeat Orquestra às 18h30 e em seguida Ruffneck Sound System fechando o Festival.

Com a temática “Construindo um Quilombo na Cidade das Andorinhas” artistas solos, grupos e coletivos pretos e afro-indígenas, em mais de 20 apresentações, todas gratuitas, serão o centro das atenções neste Festival. Além disso, uma feira Afro Literária, com autoras, autores, mestras, mestres e artistas negros de Campinas e região metropolitana, vai fazer parte da Virada Afro e mais, expositores vão compor a Feira de Economia Afro Criativa. Tudo em um só lugar! E, para aproveitar toda a programação, sem precisar sair do espaço, uma praça de alimentação afro referenciada estará montada durante os dois dias de evento.

Vale lembrar que a Estação Cultura de Campinas tem acessibilidade arquitetônica parcial para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O evento é totalmente gratuito e a indicação etária das atrações é livre para todas as idades.

A 3ª Virada Afro Cultural de Campinas é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas.

Virada Afro Cultural de Campinas
Com realização anual, a Virada Afro Cultural, que acontece sempre no mês de novembro, já realizou duas edições do Festival e soma em seu portfólio importantes feitos na cidade de Campinas. Desde a primeira edição, a construção do Festival busca exibir toda a beleza odara da produção afro-brasileira do interior de São Paulo, levando em pauta debates e reflexões sobre as relações étnico-raciais por meio da cultura. A Virada Afro Cultural é sobre mostrar a força do povo preto, é sobre enaltecer nossos corredores culturais, pretos, espalhados por todo o interior de São Paulo, é sobre nossa resiliência, sobre ginga, sobre movimento. É sobre Asè. A Virada Afro Cultural também é sobre o enfrentamento ao racismo estrutural, ao epistemicídio dos saberes afro-referenciados. A Virada Afro Cultural é sobre agbara (potência em iorubá).

Rotas Afro
O projeto de afroturismo fundado em 2019 pela guia de turismo e produtora cultural Julia Madeira, em parceria com o professor Guilherme Oliveira, Malú Santana, Iasmim Odahra e outros colaboradores e colaboradores tem como objetivo compartilhar as histórias e a cultura afro-brasileira por meio de caminhadas turísticas e culturais nas cidades de Piracicaba, Campinas, Vinhedo e Rio Claro, todas no interior do Estado de SP. Com roteiros cuidadosamente elaborados, as caminhadas conduzem os participantes por uma jornada fascinante, que revela aspectos muitas vezes negligenciados da história afro dessas cidades. Desde os quilombos até as manifestações culturais, passando por personalidades negras e marcos históricos, cada roteiro é projetado para proporcionar uma experiência enriquecedora, educativa e transformadora, revelando as histórias que moldaram comunidades, celebrando a diversidade cultural e honrando a contribuição da comunidade negra desses locais.

Funmilayo Afrobeat Orquestra
Substantivo Feminino, baseado num processo de pesquisa da banda Funmilayo Afrobeat Orquestra no intuito de conhecer e divulgar cantoras e compositoras negras da África e do Brasil. O repertório, em contínuo processo de construção, é composto por artistas ainda pouco conhecidas no Brasil, como a dupla de nigerianas The Lijadu Sisters e a estadunidense Sandra Izsadore. Além de contribuir para um maior conhecimento sobre as nossas referências musicais e culturais negras, o show visa contribuir para a construção de novas narrativas sobre as questões de gênero e raça.

Confira a programação completa aqui.