Agronegócio e sustentabilidade: entenda o papel deste setor na construção de um futuro sustentável
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Agronegócio desempenha papel importante na sustentabilidade, adotando práticas que promovem conservação de recursos naturais, redução de impacto ambiental e melhora de eficiência produtiva
Sustentabilidade no contexto agrícola refere-se à capacidade de produzir alimentos e recursos de maneira que preserve o meio ambiente, promova a justiça social e garanta viabilidade econômica a longo prazo. A sustentabilidade no agronegócio pode ser vista como um modelo de produção que busca equilibrar e promover a viabilidade econômica, social e ambiental tanto na agricultura quanto na pecuária.
No mundo globalizado, a sustentabilidade tornou-se um conceito fundamental em diversos setores do mercado. Todavia, o futuro do agronegócio, como um setor elementar da economia brasileira, está intrinsecamente ligado à sua capacidade de enfrentar os desafios do século XXI, como as mudanças climáticas, a escassez de recursos naturais e a crescente demanda por alimentos.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) projeta que, até 2050, quando a população mundial ultrapassar 9,7 bilhões de pessoas, será necessário aumentar a produção alimentar global em 60% para atender à demanda. Diante dos recursos disponíveis, esse é um grande desafio a ser enfrentado.
No entanto, a modernização de sistemas e práticas de produção agrícola possibilita desenvolver novas estratégias mais sustentáveis. Isso sem prejudicar a rentabilidade dos produtores rurais, que é um passo extremamente importante nesse processo.
O papel da gestão dos recursos naturais para sustentabilidade agrícola
Em síntese, é possível dizer que a gestão eficiente dos recursos naturais é um dos pilares mais importantes para a sustentabilidade no agronegócio. Fazer uma boa gestão dos recursos disponíveis na natureza significa preservar a qualidade do solo e da água, por exemplo.
Realizar manejo adequado das florestas e pastagens que se encontram próximas ou coexistindo com a área dos cultivares também é uma forma de gerenciar os recursos. Técnicas como o plantio direto e o controle biológico de pragas são exemplos de métodos que ajudam a proteger os recursos naturais e a manter a saúde dos territórios agrícolas.
Práticas agrícolas sustentáveis no agronegócio: quais são?
Em síntese, pode-se dizer que as principais práticas de sustentabilidade adotadas pelo agronegócio são: adubação verde, integração lavoura-pecuária-floresta, rotação de culturas, adoção de técnica de reflorestamento e conservação da biodiversidade.
A adubação verde envolve o cultivo de plantas específicas para enriquecer o solo com matéria orgânica, aprimorando suas qualidades e estimulando processos essenciais. Essa técnica é tanto acessível quanto econômica, favorecendo a infiltração e retenção de água. Plantas forrageiras são particularmente eficazes, uma vez que servem como leguminosas para alimentação animal e são fixadoras de nitrogênio.
A integração lavoura-pecuária-floresta representa uma prática que une o cultivo de grãos, árvores e forrageiras com a criação de animais, otimizando a produção de alimentos, fibras e energia em uma única área. Implementada de maneira adequada, essa abordagem ajuda a restaurar pastagens degradadas e aumentar a rentabilidade dos produtores.
Além disso, a rotação de culturas, o reflorestamento e a conservação da biodiversidade são métodos complementares que promovem a sustentabilidade no agronegócio. Alternar os tipos de cultivo melhora a fertilidade do solo e controla pragas, enquanto o reflorestamento recupera solos degradados e protege corpos d’água.
A preservação de áreas naturais e a criação de corredores ecológicos são essenciais para manter a diversidade biológica. Ao aumentar a polinização, por exemplo, há o crescimento da produtividade e maior resiliência das culturas.
Contribuição para a redução na emissão de CO₂, metano e na pegada de carbono
Historicamente, é possível afirmar que o setor agrícola tem contribuído para as emissões de CO₂ e metano na atmosfera. Nesse sentido, na atualidade, existem várias estratégias para mitigar esses impactos, a partir da adoção de práticas sustentáveis relacionadas ao agronegócio. Uma das soluções emergentes é a adoção de energia solar.
A energia solar oferece uma alternativa limpa e renovável, que pode ser implementada por meio de sistemas fotovoltaicos. Esses sistemas convertem a luz solar em eletricidade, que pode ser utilizada para alimentar operações agrícolas, reduzindo a dependência de fontes de energia não renováveis e diminuindo a pegada de carbono.
Nessa perspectiva, no Brasil, o financiamento de energia solar tem se tornado uma opção cada vez mais acessível. Há uma série de instituições financeiras que oferecem linhas de crédito e subsídios para a instalação de painéis solares e fazendas solares.
Além disso, é possível optar por modelos de leasing ou aluguel de equipamentos, que permitem que os produtores adotem a energia solar sem necessidade de desembolsar grandes quantias de forma imediata. Essa modalidade facilita a implementação de projetos solares, contribuindo para uma redução significativa nas contas de energia e promovendo uma agricultura mais sustentável.
Os benefícios de um agronegócio sustentável são diversos. Economicamente, a adoção de práticas sustentáveis pode reduzir custos operacionais e aumentar a eficiência sem interferir no lucro. Socialmente, práticas que respeitam o meio ambiente contribuem para uma melhor qualidade de vida a longo prazo.
Como bem conceituou a Organização das Nações Unidas (ONU), a sustentabilidade ligada ao desenvolvimento “encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades”. Ambientalmente, um agronegócio sustentável ajuda a conservar os recursos naturais, proteger a biodiversidade e combater as mudanças climáticas.