Gastos com Alimentação fora do lar e bebidas na RMC atinge R$ 6,792 bi em 2022

_Dados do IPC Maps para o setor mostram crescimento de 33,3% sobre 2021_

Campinas, 15 de março de 2022 – Os gastos dos moradores da Região
Metropolitana de Campinas (RMC) com alimentação fora do lar (bares e
restaurantes, padarias, café e afins) somaram R$ 6.792.344,974 bilhões
em 2022, aponta o estudo Índice de Potencial de Consumo do IPC Maps. O
valor, com base nos indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) representa um crescimento de 33,3% sobre 2021. O
montante final superou as previsões realizadas no inicio do ano, que
era de um consumo de R$ 6.127.845.240 bilhões.

O estudo do IPC divide o setor em duas categorias. No setor de
alimentação fora do lar propriamente dito, o consumo final de 2022 foi
de R$5.405.459.526 milhões, com aumento de 33% nos gastos. Já as
vendas dos estabelecimentos que comercializam bebidas somaram R$
1.386.885.448, alta de 32,1%.

O levantamento também apontou que o serviço de alimentação da RMC
fechou 2022 com 30.941 estabelecimentos em atividade, contra 34.700 em
2021, uma retração de 10,8%.

CAMPINAS

Índice de Potencial de Consumo também separou os números com
alimentação fora do lar na cidade de Campinas. Em 2022, os
consumidores gastaram R$ 2.707.827,714 bilhões nos estabelecimentos da
cidade, uma alta de 49,5% sobre o montante de 2021 (R$ 1.812.010.687
bilhão). Do total, R$ 2.162.525.593 foram gastos em refeições em
bares e restaurantes (alta de 49,8% sobre 2021), e R$ 546.102.121
milhões no segmento de bebidas (crescimento de 48,1%).

Para Matheus Mason, presidente da Abrasel regional Campinas, 2022 foi um
ano positivo para o setor de bares e restaurantes, com a volta dos
consumidores e aumento do consumo fora do lar, movimento iniciado no
segundo semestre de 2021, mas que se intensificou no ano passado.
“Apesar do aumento do consumo, vale ressaltar que isso não significa
maior lucro para os estabelecimentos. “Vivemos um ano conturbado, com
inflação alta, aumento de custos dos produtos e tarifas, que acabaram
corroendo os caixas das empresas, já que é impossível repassar toda a
alta inflacionária para os preços, sob risco de afugentar os clientes.

Mason lembra, ainda, que O IPCA divulgado pelo IBGE na semana passada é
um importante termômetro da dificuldade do setor com a inflação. Em
fevereiro, a inflação nos bares e restaurantes (0,50%) ficou abaixo do
índice médio (0,84%). No mês, o indicador da alimentação dentro do
lar (0,04%) ficou menor, mas, no acumulado dos últimos 12 meses, o
setor performou melhor, somando 8,04% contra aumento de 10,51% nas
refeições feitas em casa.

Roger Antonio Domingues, diretor da Rede Lanchão, formada por dez
marcas e mais de 100 unidades, confirma os dados apontados na pesquisa.
“O consumo fora do lar realmente retornou com força em 2022 e vem se
mantendo no início de 2023”, afirma. “Estamos crescendo de forma
consistente, de mês a mês, e no final do ano passado já tínhamos
superado o período pré-pandemia”, conta.

Sergio de Simone, proprietário do Rancho Colonial Grill, também de
Campinas também vê uma retomada das vendas e da volta do público aos
estabelecimentos. “2022 foi um ano de retomada forte, apesar dos
problemas com inflação dos preços dos produtos, que nos obrigou a
buscar formas para evitar repassar todo custo para nossos clientes.”