Mão de obra em hotelaria: por que é difícil contratar e ao mesmo tempo sobram vagas?
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Zara Bulgari Carrano, CEO da D11 Brasil, explica o motivo da falta de mão de obra no setor, e como o movimento de impacto social atua para ajudar empresas do segmento a identificarem talentos
A indústria da hotelaria enfrenta atualmente um dilema, pois, ao mesmo tempo em que há alta demanda de contratações, existem muitas vagas em aberto no mercado por escassez de profissionais qualificados. Com isso, surge o questionamento: por que é tão difícil contratar em um setor em expansão, e que oferece inúmeras oportunidades de trabalho e crescimento?
A pandemia é um dos principais fatores que levaram ao cenário atual de déficit de mão de obra qualificada no setor de hospitalidade. Isso porque, com a pandemia de covid-19, a população deixou de viajar, e muitos trabalhadores que atuavam em diferentes funções em hotéis, restaurantes e cruzeiros acabaram migrando para outras áreas, pela necessidade de gerar renda. “Agora, mesmo após o fim da crise sanitária, essa mão de obra ainda não voltou ao segmento, e muitos talvez nunca voltem, por já estarem estabelecidos em outras áreas. É aí que entra a importância de identificar e capacitar novos profissionais, para atender à demanda do setor”, comenta Zara Bulgari Carrano, CEO da D11 Brasil, movimento de impacto social que oferece capacitação gratuita para quem quer trabalhar no ramo de hotelaria.
De acordo com pesquisa recente da JLL Tendências & Insights, chamada Hotelaria em Números, apesar dos impactos negativos da pandemia de Covid-19, o setor hoteleiro mostra resiliência e sinais consistentes de recuperação. No Brasil hoje são mais de 10 mil empreendimentos hoteleiros, e a expectativa é que o ano de 2023 seja lembrado como um marco da verdadeira retomada do setor hoteleiro no Brasil.
Estima-se que o mercado de hospitalidade movimente cerca de US$ 1,2 bilhão, com crescimento de 9,7% entre 2021 e 2026. Além disso, falta mão de obra qualificada para atender as demandas do setor. No entanto, de acordo com estudo recente da EHL Hospitality Business School, 94% dos hotéis estão com falta de pessoal, e devem continuar enfrentando a escassez de profissionais até 2025.
“Essa carência de mão de obra qualificada na hotelaria pode gerar impactos negativos que incluem: a redução na qualidade do atendimento aos clientes, a pressão sobre os funcionários existentes e o potencial prejuízo aos negócios devido a serviços deficientes e à incapacidade de atender à crescente demanda”, avalia Zara.
D11 ajuda a suprir demandas do mercado
Pensando em auxiliar na oferta de mão de obra especializada, a D11 Brasil – movimento de impacto social – oferece capacitação gratuita para quem quer ingressar nesse segmento. O propósito da empresa é profissionalizar pessoas que não tem formação em áreas de atuação específicas, dessa forma as preparando para o mercado de trabalho em hospitalidade.
“Uma das razões pelas quais muitos trabalhadores não consideram o setor hoteleiro como opção de carreira é a percepção de que se trata de uma área instável. Eles acreditam que um setor que só depende de épocas sazonais, e muitos candidatos em potencial podem ser desencorajados por acharem que são vagas temporárias, mas com os cursos mostramos como o setor tem grandes oportunidades fora da alta temporada”, explica Zara.
A iniciativa da empresa em oferecer cursos e treinamentos não responde somente à demanda crescente do mercado sobre a mão de obra especializada do mercado, mas também desempenha um papel importante na transformação de vida para as pessoas que buscam colocação profissional.
“Ao preparar indivíduos para o mercado de trabalho, a D11 não apenas os capacita para empregos nesse segmento, como também lhes oferece uma oportunidade de abrir portas em uma área em alta e construir um futuro promissor,” finaliza a CEO.
Sobre a D11 Brasil – A D11 Brasil é um movimento de impacto social que atua em prol do combate ao desemprego no Brasil, por meio da oferta de mão de obra qualificada para as empresas do setor de hospitalidade. A organização atua com base em três pilares – pessoas, capacitação profissional e empregabilidade, oferecendo formação em gastronomia e hospitalidade, e qualificando pessoas de comunidades e em situação de vulnerabilidade social para desempenharem funções como garçom e camareira, entre outras atividades exercidas em hotéis e restaurantes. O lema da D11 é “transformar vidas ao temperar sonhos” dos que vivem em comunidades.