Dia Mundial das Abelhas: Campinas têm política de preservação das abelhas sem ferrão

Colmeias instaladas na cidade foram idealizadas para despertar a conscientização ecológica da população para o papel vital das abelhas na natureza

A Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO) instalou 14 colmeias artificiais na cidade

De flor em flor, elas desempenham um papel fundamental no meio ambiente e na polinização de diversas espécies de plantas. Por isso mesmo, são homenageadas em todo o mundo nesta segunda-feira, 20 de maio, o Dia Mundial das Abelhas. Tamanha importância merece o devido cuidado. Por isso, a Mata de Santa Genebra e a Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade têm desenvolvido uma política de preservação das abelhas sem ferrão, um dos animais mais importantes para a biodiversidade.

A Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO) instalou 14 colmeias artificiais na cidade. As colmeias fazem parte do projeto “Campinas, Cidade Amiga das Abelhas Nativas” e foram idealizadas para despertar a conscientização ecológica da população para o papel vital das abelhas na natureza.

Há 10 abrigos para abelhas nativas sem ferrão instaladas na Mata de Santa Genebra, que formam o Meliponário (coleção de colmeias). A sede da FJPO fica na Rua Mata Atlântica, 447, Bosque de Barão Geraldo. Além dessas 10 colmeias, a FJPO implantou uma colmeia na Lagoa do Taquaral (entre os portões 5 e 7 do parque, ao lado do Planetário); no Bosque dos Jequitibás (instalada na pracinha central do parque, onde fica um chafariz, em frente ao Museu de História Natural); no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e no Paço Municipal, em frente a Prefeitura Municipal de Campinas. As espécies das colônias são de Jataí (Tetragonisca angustula) – espécie muito comum em áreas urbanas, Mirim-droryana, Mandaguari-tubuna, Mirim-guaçu.

Importância das abelhas

As abelhas que vivem nestes abrigos colaboram na polinização das plantas da região em que vivem, pois diariamente visitam as flores e transferem pólen de uma flor para a outra, colaborando para sua reprodução. De acordo com a Embrapa, as abelhas são responsáveis pela polinização de 90% das espécies de flores silvestres e 75% das plantações de alimentos.

As abelhas nativas desempenham um papel essencial tanto para a conservação dos ecossistemas nativos, quanto para a segurança alimentar da população, segundo Cristiano Krepsky, biólogo da Fundação José Pedro de Oliveira Santa Genebra (FJPO). “A polinização realizada por esses insetos é um serviço de inestimável valor ambiental e econômico. Desta forma, são necessárias e urgentes as ações para proteção das abelhas nativas como a proteção dos ecossistemas, a redução do uso de agrotóxicos e a prevenção à poluição”, disse Krepsky.

“O serviço ecossistêmico da polinização realizado por estes insetos é a principal garantia à reprodução de plantas não domesticadas e plantas agrícolas pelo mundo todo”, afirma Augusto Ventura, biólogo da FJPO. De acordo com Ventura, as abelhas em sua enorme diversidade de tamanhos, cores, comportamentos e espécies, contribuem direta ou indiretamente à conservação das florestas, dos biomas, à regulação do clima, à manutenção de nascentes, entre outros serviços ecossistêmicos essenciais à manutenção da vida no planeta.