Golpistas agem em Holambra novamente
As empresas devem redobrar a atenção com golpes e ações fraudulentas, tendo cautela, inclusive, com pessoas físicas e jurídicas que se passam por clientes. O alerta vem da Associação Comercial e Empresarial (ACE-Holambra) que foi informada sobre a ação de fraudadores na cidade e na região.
A entidade afirma que a mesma modalidade de golpe praticada no começo do ano, voltou a acontecer: o criminoso se passa por um suposto cliente e, assim, procura enganar a vítima. Numa tentativa de golpe relatada por uma empresa, uma pessoa fez contato com a firma e agiu como um cliente comum: solicitou uma cotação, depois fechou o pedido e forneceu todos os dados cadastrais. Em seguida, fez um depósito – na realidade falso, na conta da empresa. “Todo o esquema faz parte do golpe para levar a empresa a crer que se trata de um negócio sério”, alerta a gerente da ACE-Holambra, Suzi Celegatti. No dia seguinte ao acordo, o falso cliente fez novo contato com a firma, alegando ter depositado dinheiro a mais pelo pedido, num erro do seu setor financeiro. É quando acontece o golpe: o tal cliente pressiona pela devolução do valor excedente e, ao fazê-lo, a empresa perde o dinheiro que, na verdade, nunca chegou a entrar na conta.
Atenta, empresa de Holambra que recentemente foi procurada pelos criminosos, percebeu a ação dos bandidos e não depositou qualquer valor. Os dados bancários passados pelos golpistas para depósito é de uma conta do Mato Grosso.
DIMINUIR RISCOS
A Associação Comercial orienta que, antes de realizar pagamentos, de fornecer produtos e dados a qualquer pessoa – física ou jurídica, a empresa deve ter segurança para fazê-lo, cercando-se de informações e cuidados. Na dúvida, é melhor desistir da operação. “Quando se tem o CNPJ desse possível cliente em mãos é necessário,por exemplo, consultar o SCPC. Não são apenas os clientes pessoa física que devem ser pesquisados, mas as pessoas jurídicas também. Consultar clientes e fornecedores é um meio importante de reduzir os riscos”, afirma a entidade. “É possível reunir informações sobre a condição do CNPJ, data da fundação da firma, existência de dívidas e protestos, ações judiciais e falência e concordata.”
Outra atitude é não aceitar a pressão pela devolução do dinheiro, certificando-se da existência do dinheiro na conta, o que pode ser feito direto com a agência bancária.
A assessoria jurídica da Associação Comercial também orienta as empresas que foram vítimas do golpe e mesmo de uma tentativa a procurar a polícia e a registrar um boletim de ocorrência. Também é recomendado buscar ajuda jurídica e o atendimento em um órgão de defesa do consumidor, como o Procon.
OUTROS GOLPES COMUNS
PROPAGANDAS e COMPRA DE SERVIÇOS/PRODUTOS
- cuidado com desconhecidos (PF ou PJ) vendendo anúncios em listas telefônicas, revistas ou outras publicações. Podem roubar seus dados cadastrais e levar seu dinheiro. Apenas contrate propagandas em veículos conhecidos. Os idôneos são aqueles que você tem certeza da existência, da distribuição e conhece a qualidade;
- muita cautela com os vendedores de certificados do tipo “os melhores do ano”. Via de regra, trata-se de um serviço enganoso, que concede falsos títulos a quem paga, independentemente da opinião do consumidor sobre a empresa; tenha a certeza da seriedade antes de contratar;
FALSAS INSTITUIÇÕES DE CARIDADE E EMPRESAS
- quer ser solidário? Conheça a instituição antes de concordar com doações e fornecimento de dados. Golpe dos mais típicos, o bandido se utiliza da boa vontade e da sensibilização das pessoas para ganhar dinheiro fácil;
- nunca passe informações cadastrais pessoais ou da empresa (CNPJ/CPF/Inscrição estadual) por telefone ou e-mail, exceto em casos em que há total garantia da idoneidade e da identidade do recebedor; não se iluda, pois bandidos costumam usar nomes de entidades/empresas conhecidas para enganar suas vítimas.
FALSOS SITES E CENTRAIS DE ATENDIMENTO
- na tentativa de ter segurança e evitar golpes, algumas pessoas consultam sites para obter informações sobre a empresa ou ligam para números telefônicos da empresa/instituição. Os bandidos sabem disso e, para conquistar a confiança da vítima, informam dados falsos. Eles ainda vão mais longe: criam endereços físicos, de sites e números de central de atendimento ao cliente. Pode ser tudo falso, incluindo o site, colocado no ar para ludibriar as vítimas. Não utilize os endereços/links/telefones fornecidos por quem você não conhece – quem te atende do outro lado da linha, pode fazer parte da quadrilha. Faça sua própria pesquisa para esclarecer se a empresa/instituição existe mesmo.
INTERNET
- não abra e-mails de remetentes que você não conhece, mesmo que esses venham como respostas (Re:). Se vierem em nome de quem você conhece, mas com conteúdo estranho, desconfie. É muito comum ser vírus.
Mais cuidado ainda com aqueles que avisam sobre títulos vencidos, inclusão no SCPC/Serasa e comunicados judiciais. Instituições como poder judiciário e empresas de proteção ao crédito não enviam e-mail;
- tampouco clique em links recebidos por e-mail ou sugeridos em sites, anúncios ou em páginas das redes sociais; em geral são vírus que copiam seus dados e senhas ou destroem seu computador;
- atenção ao baixar arquivos da internet com a extensão EXE. Na dúvida, peça ajuda ou desista da operação.
BOLETOS FALSOS
- boletos falsos: todo ano é praxe – entidades falsas vão enviar boletos com dívidas e contribuições sindicais que não existem. Antes de pagar, certifique-se de que você deve aquela conta; antes de pagar, procure a Associação Comercial ou seu contador.
A lista das fraudes é grande. Ao analisar criteriosamente a abordagem de alguém desconhecido e antes de fazer pagamentos, os riscos diminuem muito.