Acervo completo de Auguste Rodin da Pinacoteca será exibido, pela primeira vez, ao público do interior paulista

Mostra é organizada em parceria com o Instituto CPFL e levará o mais representativo conjunto do escultor francês para Campinas e, em seguida, para Botucatu

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e o Instituto CPFL apresentam, de 20 de março a 29 de junho de 2019, pela primeira vez ao público do interior paulista, a exposição “Figura e modernidade: Rodin no acervo da Pinacoteca de São Paulo”, que reúne a coleção completa da Pinacoteca referente ao artista francês. Com curadoria de Valéria Piccoli, curadora-chefe do museu, o conjunto de 10 esculturas originais e 76 fotografias documentais da vida do artista será exibido gratuitamente no Instituto CPFL, em Campinas e, em seguida, no Fórum das Artes, em Botucatu, novo espaço cultural reformado pelo Governo de São Paulo.

As duas exposições contarão com recursos educativos, desenvolvidos pelo NAE – Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca, para uso autônomo, que estimulam a participação do público de todas as idades, criando novas relações com as obras. Também serão realizados dois encontros de formação para professores, um em cada município.  As visitas são realizadas em grupos de até 45 pessoas. Educadores estarão no local para atender o público, e o agendamento de visitas pode ser feito por e-mail monitoriainstitutocpfl@gmail.com ou pelo telefone (19-3756-8000).

A Pinacoteca é o único museu no Brasil a possuir um acervo representativo deste artista, o que faz dessa itinerância uma iniciativa de grande interesse para o público dos museus e espaços culturais do interior do estado. Reafirma também o próprio papel da instituição enquanto equipamento do Estado. “A exposição oferece ao público paulista uma oportunidade única de conhecer um grupo de obras de um artista que é, reconhecidamente, um precursor da escultura moderna. A Pinacoteca cumpre cada vez mais, por meio desta iniciativa, sua missão de promover a experiência do público com a arte, estimular a criatividade e a construção do conhecimento para além de sua sede na cidade de São Paulo”, resume o diretor-geral do museu, Jochen Volz.

Sobre a coleção atual do museu, Valéria Piccoli comenta que “trata-se de fundições recentes de obras clássicas do artista, realizadas sob supervisão do museu francês”. Fazem parte também da coleção da Pinacoteca um conjunto de 76 fotografias em que o artista aparece trabalhando em seu ateliê, acompanhado de modelos de suas esculturas ou mesmo de amigos e mecenas. “Esse material é constituído de fac-símiles de itens dos arquivos do Musée Rodin e ajudam a compor um percuso cronológico pela vida do artista, mostrando outros artistas e intelectuais que ele admirava e com quem se relacionava. Mais curioso é que algumas dessas fotos revelam como Rodin utilizava a fotografia no processo de composição de suas esculturas “, completa ela.

A parceria entre o Instituto CPFL e a Pinacoteca se iniciou em 2012, quando ambos organizaram, na sede da segunda, a exposição Gênese e Celebração, com coleção de peças tradicionais africanas. Em 2013, foi a vez da mostra 100 de anos Arte Paulista, que aconteceu na sede do Instituto CPFL, em Campinas, e apresentou ao público 50 obras de artistas atuantes entre 1912 e 2012, como Di Cavalcanti, Portinari, Pancetti e Tomie Ohtake.

“Para nós, é um imenso prazer voltar a trabalhar com a Pinacoteca, uma instituição centenária, a exemplo da CPFL Energia, em um país onde tal longevidade não é a tradição”, comenta Mário Mazzilli, diretor-superintendente do Instituto CPFL.

A relação da Pinacoteca com o escultor Auguste Rodin (1840-1917) se iniciou em 1995, no contexto das exposições Rodin: Esculturas e Rodin e a Fotografia, realizadas em parceria com o Museu Rodin, de Paris. As mostras receberam, juntas, mais de 183 mil pessoas e marcaram também o início das exposições internacionais de grande porte na instituição.

Naquele ano, o museu conseguiu, graças à campanha de doação junto ao público, adquirir A Musa Trágica (1890-92). Em seguida, seria a vez de O Gênio do Repouso Eterno (1899-1902), doada ao museu pelo Shopping Center Iguatemi no mesmo ano. Trata-se da 11ª cópia disponível no mundo e considerada uma das mais monumentais do artista, com cerca de dois metros de altura e 500 quilos. Até o ano de 2005, o museu incorporaria ainda mais oito esculturas: Torso masculino do Beijo (c. 1886), Torso do filho de Ugolino (1882), Bacanal (1880-1990), Musa de Whistler – Estudo para o monumento “Tipo C” (c. 1905-1906), Torso da Sombra (1880), Toalete de Vênus e Andrômeda (c.1890-1987), A sacerdotisa (c. 1899-1995) e Homem que caminha sobre coluna (1877-1990).

Em 2001, a Pinacoteca organizou mais uma mostra espetacular do artista: A Porta do Inferno, que recebeu mais de 300 mil visitantes. Seu título faz referência a uma obra monumental, considerada uma das mais icônicas na carreira de Rodin, que, de certa forma, revela a “admiração do artista pela arquitetura gótica, a Renascença italiana e o poder do qual o artista dotou o corpo humano”, segundo a conservadora-chefe do Museu Rodin, Antoinette Le Normand-Romain. Aquela foi a primeira vez que a obra foi exibida na América Latina. Além da Porta, a Pinacoteca apresentou ainda 43 esculturas em bronze, 25 desenhos e 10 fotografias.

De 3 de agosto a 15 de dezembro, a exposição Auguste Rodin: figura e modernidade será recebida pelo Fórum das Artes, que marca também a inauguração deste novo espaço cultural no interior paulista. Localizado na cidade de Botucatu, terá um andar inteiro para a Pinacoteca e abrigará também o museu municipal Itajaí Martins.

SERVIÇO

Visitação: Campinas – 20 de março a 29 de junho de 2019

Figura e modernidade: Rodin no acervo da Pinacoteca de São Paulo

Curadoria de Valéria Piccoli

Visitação: 20 de março a 29 de junho de 2019

Segunda e terça, das 9h às 18h; quarta a sexta, das 9h às 19h; sábado, das 10h às 16h

Instituto CPFL:

Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera, em Campinas

(19) 3756-8000

www.institutocpfl.org.br

 

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