Alunos da UniFAJ simulam julgamento do caso dos exploradores da caverna
“Seu futuro na prática”. Seguindo o lema da instituição, os alunos do 1º semestre de Direito da UniFAJ (Centro Universitário de Jaguariúna) participaram no dia 24 de abril de um júri simulado sobre o caso dos exploradores da caverna. A atividade foi realizada no Tribunal do Júri de Jaguariúna e na plateia estavam a turma do 3º semestre do curso, professores e docentes, além do julgamento ser presidido pelo juiz de Direito do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Jaguariúna e professor da casa, Marcelo Forli Fortuna.
O 1º semestre foi dividido em áreas de atuação no julgamento, como promotoria, defesa e assistência, e os jurados foram alunos e público externo que prestigiaram o evento.
O Júri foi realizado sob coordenação da professora Elizete Moura e para o aluno Douglas Camargo, que foi um dos quatro estudantes que fizeram a defesa dos réus, a atividade teve saldo positivo. “Embora sejam poucos meses de aula é muito proveitoso essa interatividade com o Direito principalmente estar dentro de um Fórum fazendo essa defesa e com participação de público externo. Trabalho na área de RH e sou fã do Direito, que já tem me ajudado no âmbito profissional e pessoal”, pontuou.
Já a Rebeca Fabrin Firmino de Souza fez parte da acusação sendo integrante da Promotoria. “É uma adrenalina e emoção sem tamanho porque eu não imaginava que tão cedo ia ter essa experiência e toda essa prática. Talvez seja por isso que a UniFAJ seja uma instituição muito forte nesse quesito de teoria e prática”, disse. A discente também revelou que a atividade é importante por ser uma simulação do dia a dia de um tribunal. “Quando formos participar de fato de um júri todo esse trabalho vai fazer total diferença para realizarmos com excelência’, finalizou.
Os alunos contaram durante a semana de estudo com ajuda de promotores e juízes.
O caso
O caso dos exploradores da caverna é o título do livro de Lon L. Fuller que foi um jurista e professor de Harvard Law School, e teve sua obra publicada em 1949. Baseado em fatos, a história conta sobre cinco exploradores amadores que ficaram presos em uma caverna após um deslizamento de terra. Dias depois, os soterrados contavam com pouco água e alimento. Somente no vigésimo dia que a equipe de resgate conseguiu se comunicar com o grupo que perguntaram aos profissionais quanto tempo durariam sem comer, em reposta, foram informados que pelo menos dez dias e depois desse prazo, não resistiriam. Os cinco então questionaram ‘e se comessem carne humana?’ e os médicos responderam que sobreviveriam mais tempo.
Após essa informação, o grupo fez um sorteio entre eles e quando os exploradores foram resgatados no vigésimo terceiro dia, Roger Whetmore, um dos cinco, havia sido sacrificado para os outros se alimentarem. No julgamento real, os quatro réus foram indiciados por assassinato. Na simulação feita pelos alunos da UniFAJ, as teses da acusação foram acolhidas e os réus também foram condenados.