Anvisa autoriza testes da vacina contra a Covid-19 em voluntários da saúde

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a iniciar a terceira fase dos ensaios clínicos para testar a eficácia e segurança da vacina contra o coronavírus, segundo relatório do governo estadual enviado ao deputado Edmir Chedid (DEM), da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesp).

De acordo com o parlamentar, todos os voluntários dos ensaios clínicos serão profissionais de saúde que trabalham diretamente no atendimento para os pacientes diagnosticados com a Covid-19. “A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan, considerado um dos maiores centros de pesquisa do mundo e também o maior produtor de vacinas da América Latina”, completou.

Edmir Chedid afirmou que as inscrições começam na próxima segunda-feira (13) e o processo de testagem será iniciado em 20 de julho. “Os profissionais não podem ter sofrido infecção provocada pelo coronavírus, não devem participar de outros estudos e não podem estar grávidas ou planejarem uma gravidez nos próximos três meses. Também não podem ter doenças instáveis”, disse.

O Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. Se a vacina for efetiva, o Instituto Butantan vai receber da Sinovac, até o fim deste ano, 60 milhões de doses para distribuição. “Os testes serão feitos em nove mil voluntários que trabalham em instalações especializadas para Covid-19”, explicou o parlamentar.

Centros de Pesquisa

No Estado, os testes serão realizados no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no Hospital Israelita Albert Einstein, além da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, do Hospital de Clínicas da Unicamp (Campinas), da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
As pesquisas serão realizadas ainda na Universidade de Brasília (UnB), no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais, no Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

 

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