Aquisição, leasing ou assinatura: qual é a melhor opção de mobilidade rural para o produtor?

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Com a evolução das ferramentas de gestão no campo, pensar em mobilidade de forma estratégica deixou de ser uma vantagem e passou a ser uma necessidade

Talvez, essa questão não seja novidade para alguns, mas o produtor rural desempenha papel importantíssimo para o território brasileiro, tanto em termos culturais quanto econômicos. No campo, em comparação com os grandes centros urbanos, o deslocamento por meio de transporte público pode ser muito mais difícil, dependendo da região. Em razão disso, a maioria dos produtores prefere adquirir um veículo para essa função.

Na primeira década deste século, o sonho do brasileiro foi conquistar seu próprio veículo. Porém, com o passar do tempo, as dinâmicas de mercado transformam-se, e, atualmente, arcar com todas as despesas, bem como com as burocracias que envolvem ter um automóvel próprio, pode deixar esse antigo sonho não tão interessante. Hoje, pode-se dizer que existem três formas de adquirir um veículo: por aquisição, leasing ou assinatura.

Qual é a diferença entre aquisição, leasing e assinatura?

Como o próprio nome já indica, a aquisição é literalmente comprar o veículo, seja por meio de consórcio, financiamento bancário ou pagamento à vista, o qual é o menos comum ao se analisar a realidade brasileira. Todavia, o leasing, também conhecido como arrendamento mercantil, é uma modalidade que permite ao produtor rural alugar um veículo por um longo período, geralmente algo em torno de 24 meses.

Nesse tipo de contrato, o comprador deve fazer os pagamentos mensais ao banco, de modo que, ao final do período estipulado, possibilita-se comprar o veículo acessando juros mais baixos. Nesse caso, é importante ressaltar que abate-se o valor que já foi pago ao longo do contrato de leasing.

Em tese, o ponto mais atrativo desse modelo é que as taxas de juros costumam ser menores, em comparação com os financiamentos realizados de forma tradicional. É possível interpretar o leasing, portanto, como um tipo de híbrido entre o aluguel de um veículo e o financiamento.

O carro por assinatura é outra modalidade que pode ser bem atrativa. Comumente, as pessoas tendem a pensar que ter um veículo por assinatura pode ser menos vantajoso em relação ao próprio. No entanto, é preciso ponderar algumas questões. O primeiro ponto é que esse questionamento precisa ser realizado com base nas necessidades e no momento da vida em que a pessoa se encontra.

Quanto tempo pretende-se ficar com o veículo? Qual será a sua finalidade? Pensando no produtor do campo, a assinatura pode ser uma excelente estratégia. Inicialmente, a burocracia é muito menor, porque é a locadora que irá arcar com os custos de impostos, documentação, seguro, etc.

Além disso, o custo do aluguel é muito inferior ao de um financiamento, podendo sair até 24% mais barato, conforme levantamento da Porto Seguro. Além disso, existem alguns contratos que permitem que o contratante utilize um carro 0km todo ano, de modo que a locadora compra o carro novo e faz a revenda dele ao final do contrato.

Além disso, também não existe o risco de depreciação. Ao contrário do que acontece quando se compra um carro, não há perda econômica em carros por assinatura, porque esse papel fica a cargo da locadora.

Por conseguinte, especialmente para o produtor rural, a previsibilidade dos custos é um dos maiores benefícios das modalidades de mobilidade alternativa como essa. Com um orçamento fixo destinado à assinatura, o produtor consegue planejar melhor suas despesas mensais, alocar recursos com mais segurança para outras áreas da produção e evitar surpresas financeiras ao longo da safra.

Em momentos de entressafra ou de menor fluxo de caixa, essa previsibilidade é ainda mais importante. No fim, existem múltiplas formas de melhorar a mobilidade no campo para o produtor rural. A escolha pela modalidade deve ser feita com base nas necessidades e nos critérios escolhidos.