Câmara de Estiva Gerbi abre CEI para investigar APAE por rejeitar atendimento a criança especial

A APAE de Estiva Gerbi, presidida por Roberto Diégues, é denunciada por rejeitar a matrícula de uma criança especial. Um casal estivense, família simples, que tem cadastro no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) está passando por um problema grave por conta de uma filha que tem 2 anos e meio e está precisando de tratamento para atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, sendo necessária sua matrícula na APAE de Estiva Gerbi.

Segundo a denúncia dos pais protocolada na Câmara de Estiva Gerbi dia 25 de maio, desde setembro de 2017 que estão tentando vaga na APAE e o presidente da entidade, Roberto Diégues, não permite e rejeita a criança alegando que a família tem plano de saúde, porque o pai é funcionário público municipal.

A Câmara de Vereadores aceitou a denúncia e abriu uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para investigar o caso porque a APAE recebe mensalmente dos cofres públicos R$ 10 mil, o que obriga a fiscalização do legislativo local.

De acordo com a denúncia, foram três as tentativas de matricular a criança na APAE sem sucesso, tudo seguindo orientação da médica da prefeitura e da Ação Social do município que também insistiu com a direção da entidade e não teve sucesso.

No documento apresentado pelos pais, é citada uma conversa com uma atendente da APAE, que diz assim: “Com vaga ou sem vaga não vai pegar ela”. Ainda de acordo com uma funcionária da Ação Social, tentou convencer Roberto Diégues a matricular a criança, mas não houve retorno e o argumento usado pelo presidente foi o mesmo, a família tem plano de saúde.

A denúncia afirma que houve discriminação por parte da entidade e o presidente também descumpriu o Estatuto da Criança e do Adolescente, rejeitando a filha do casal que tinha sido indicada por médicos e pela Ação Social do município.

Agora a Câmara de Vereadores vai ouvir todos os envolvidos e caso a denúncia seja verdadeira a APAE corre o sério risco de perder o convênio com a prefeitura no valor de R$ 10 mil mensais.

NOVAS DENÚNCIAS AGRAVAM A SITUAÇÃO DE ROBERTO DIEGUES

No dia 11 de junho, uma nova denúncia foi protocolada na Câmara Municipal, onde a munícipe cita que sua filha de 11 anos é autista e faz tratamento com neuropediatra e faz uso de medicamento para evitar crises convulsivas e há 01 ano a permanência dela na APAE se tornou insustentável. “Funcionárias ligavam pedindo pra família ir buscar a criança alegando que a mesma se agitava excessivamente e necessitava de calmantes”.

A mãe ainda cita o desinteresse da psicóloga que alegava que a APAE não teria condições para atender a criança. A mãe ainda destaca que o Presidente da APAE dita suas próprias regras e que após todos esses transtornos ela e o esposo ficaram desmotivados e a filha não frequentou mais a instituição.

Cabe ressaltar que em setembro de 2017 o presidente Roberto Diegues já havia negado atendimento em período integral para um jovem que sofre de deficiência intelectual severa, alegando que o mesmo frequentou a APAE por 30 dias e que o resultado não havia sido satisfatório em questões psicológicas e intelectuais por causa da instituição não oferecer suporte suficiente.

 

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