Cara & Cara

O CEE – Conselho Estadual de Educação de São Paulo realizou um evento para celebrar os 20 anos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. O expositor foi o Professor Doutor Carlos Roberto Jamil Cury, reconhecida autoridade no tema.

Dentre as várias ponderações tecidas durante o encontro, uma delas foi bem instigante. A educação infantil impregnou o universo do pensamento pedagógico. Tem-se noção bem sedimentada de que a creche não é o lugar onde as crianças permanecem para que as mães trabalhem. É o início de um longo e infinito processo de aprendizagem. Não é por acaso que ela se chama hoje “creche-escola”.

Ninguém tergiversa a respeito dos cuidados que a criança merece nos anos iniciais. É a faixa etária da assimilação das sensações, das primeiras impressões, do contato com o outro, dos traumatismos e das marcas indeléveis, que permanecerão vida afora.

Daí o crescimento da demanda por creches, em todos os municípios brasileiros. São Paulo tem 645 cidades e todas elas têm procura por esse equipamento educacional que se inseriu na realidade cotidiana. Por esse motivo, o projeto de edificação de creche-escola que o Governo do Estado implementou, oferece à municipalidade um modelo pedagógico exaustivamente estudado por pedagogos, arquitetos, educadores, psicólogos e especialistas na área.

Acomodações amplas, coloridas, com transparência que permite acompanhar de ambiente externo tudo o que acontece nas salas de atividades, nos berçários, nas dependências especialmente desenhadas para propiciar à criança tratamento condigno com a mais apurada qualidade de ensino/aprendizado inicial.

Esse investimento é muito dispendioso. Por isso a expressão “cara & cara” utilizada pelo conferencista do CEE. Cara como sinal de seu elevado custo, mas cara como adjetivo a exprimir o apreço que a comunidade destina a esse espaço do qual sairão crianças com expectativas muito ampliadas em relação às fases ulteriores de sua aprendizagem.

Vale a pena conhecer o projeto-padrão dessas creches-escola, principalmente quando elas já estão repletas de crianças de até 4 anos, vivazes e felizes, risonhas e peraltas, esperança nítida de que o Brasil tem tudo para dar certo.

José Renato Nalini, secretário da Educação do Estado de São Paulo

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