Desafiando a CBF

Se não bastasse todo o lamaçal, as roubalheiras, as prisões e o ninho de mau-caratismo implantado dentro da sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), agora terá também que aceitar e digerir, torneio paralelo ao seu calendário esportivo anual com a participação de grandes clubes do cenário futebolístico brasileiro.

O que já não era sem tempo!

Foi a única e sensata maneira que, Alexandre Kalil (ex-presidente do Atlético Mineiro), de desafiar a intitulada Instituição maior do futebol brasileiro, criando a liga Sul-Minas-Rio de futebol para atuação já em 2016, deixando bem claro, que independente da decisão da CBF, não discutirá a situação, que segundo ele, ela (a instituição) não conhece a verdadeira realidade dos clubes.

O projeto é baseado em um plano concreto de estabilização financeira, uma vez que o primeiro trimestre do ano é nefasto aos cofres de quaisquer clubes. Com isso, criou-se um formato de torneio para 2016, com a participação de doze clubes do eixo Sul-Minas-Rio, disputado entre os meses de fevereiro e março, de maneira que auxilie os cofres dos clubes neste período.

O difícil é a CBF engolir tal projeto.

Nos últimos meses, logo depois da prisão de José Maria Marin e da movimentação e aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte, a CBF até que ficou mais “simpática”, e efetuou várias mudanças, inclusive estatutárias.

Dentro da nova política “CBF boazinha”, contrário do que se viu na longa direção de Ricardo Teixeira, a criação da Liga e a realização da Copa Sul-Minas-Rio já estava aprovada, até que surgiu do nada, o grupo divergente, apitando contrário.

Quanto ao princípio, até que a CBF se mostrou favorável à realização do torneio, em seguida passou a exigir, uma assembleia para aprovação da Liga, o que irritou os criadores do novo projeto, que endossou, mesmo com os “enroscos” e a luta dos “contra”, o torneio sairá do papel e será realizada em 2016, com isso, comprovando o “racha” inevitável na CBF.

Acredito que, após o assentar das birras e os medalhões “engolirem o choro” para esta nova condição, esta competição poderá servir como embrião de uma futura liga nacional organizado somente pelos clubes interessados, e daí, mudar os moldes das organizações.

Isto é uma boa notícia para o futebol brasileiro que pode estar vendo o surgimento da liga de clubes, que embora não seja a panaceia que resolverá todos os problemas futebolísticos, mas no mínimo, é a preocupação da reestruturação de torneios voltados aos interesses somente deles.

Estarei na torcida para dar certo!

Adinã Leme

 

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