Dia Mundial da Alimentação: projeto leva comida saudável e segurança alimentar a mais de 100 escolas

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Secretaria do Verde ensina o be-a-bá da criação de hortas e pomares a professores e gestores; produtos viram merenda e até são levados para casa

Nesta segunda-feira, 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, a Prefeitura de Campinas compartilha um projeto de sucesso que leva comida saudável, sustentabilidade e segurança alimentar a mais de 100 escolas públicas na cidade.

Alface, rúcula, couve, chicória, almeirão, cheiro verde, salsinha, cebolinha,  ervas medicinais, tomatinho cereja e até abacaxi. Uma pequena mostra do que  as unidades estão produzindo por meio do projeto Hortas e Pomares nas Escolas, criado pela Coordenadoria de Projetos e Educação Ambiental da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SVDS).

O projeto foi lançado no final de 2021 com o objetivo de, por meio do Programa de Formação do Plano Municipal de Educação Ambiental, apoiar e fortalecer as redes de ensino de Campinas, promovendo a capacitação de Professores e Gestores sobre Hortas e Pomares e a formação de Coletivos Jovens Educadores Ambientais a partir dos Grêmios escolares.

Hoje, cerca de 20 mil estudantes de todas as idades, do ensino infantil ao Ensino Médio e EJA (Ensino de Jovens e Adultos), de escolas municipais e estaduais, estão envolvidos no projeto.

“Os produtos são colhidos e associados à merenda, fazem degustação, pão de metro, saladas bonitas. O fato de ter participado do plantio desperta na criança a vontade de experimentar novos sabores, cores e texturas, é uma aula sensorial”, conta o coordenador de Projetos e Educação Ambiental da SVDS, Amandi Buzon Rodelli.

A produção varia de uma escola para outra e, em cerca de um quarto das unidades, há um dia da semana em que os alunos podem levar para casa algo cultivado por eles. Uma das faces que insere a prática da sustentabilidade ao projeto promovendo a causa social, ambiental e econômica onde é implantado.

Curso

O curso de hortas e pomares oferece aos professores e gestores das unidades escolares aulas teóricas e práticas na Estação Ambiental de Joaquim Egídio e em sítios e fazendas na mesma região, além de visitas técnicas e acompanhamento dos projetos dentro das escolas. A assessoria é completa passando pelas questões técnicas de preparação do solo, adubação, plantio, manejo, controle biológico de pragas e, por fim, a colheita.

A cada nova turma que inicia o curso de capacitação, o secretário da SVDS, Rogério Menezes, dá as boas-vindas e profere uma palestra didática sobre o panorama social e ambiental do município e da região onde a escola está inserida.

Parceiros

Por meio de parcerias com outras secretarias municipais e instituições, o programa viabiliza a doação de insumos, cooperação técnica e apoio permanente às escolas participantes.

No caso da Secretaria de Serviços Públicos, a parceria resulta na doação de  mudas de árvores frutíferas e nativas e de composto orgânico para as hortas e jardins, além de visitação à Usina Verde, para que entendam como funciona o processo de compostagem de matéria orgânica.

Outros colaboradores do projeto são a Coordenadoria de Assistência Integral (Cati), Ceasa, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Biológico, e o colégio técnico Cotuca, com o qual está sendo formatado um projeto de implantação de caixinhas de abelha sem ferrão nas escolas para polinizar as plantas.

“Nossas parcerias alçaram o projeto Hortas e Pomares nas Escolas a essa dimensão  e já recebemos, inclusive, o reconhecimento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de Educação Ambiental do Estado”, diz o secretário Rogério Menezes.

Contato

De acordo com o coordenador de Projetos e Educação Ambiental, as escolas públicas e particulares que tiverem interesse em participar do projeto podem entrar em contato com a equipe por meio do e-mail amandi.rodelli@campinas.sp.gov.br.

Rodelli destaca que até mesmo as unidades com pouco espaço físico para hortas podem desenvolver algum tipo de projeto como ocorreu, por exemplo, na Escola Estadual Professor Dante Alighieri Vita, no Jardim Santana, onde o plantio se deu em um jardim suspenso.

“Primeira colheita da nossa horta escolar! Os alunos participaram com muita alegria e satisfação. O projeto segue a todo vapor!”, relata o professor Cezar Henrique Battistoni.

Já na Escola Estadual Vitório Antônio José Zamarion, no Jardim São Bento, a professora Renata compartilha nas redes sociais o encantamento pelo crescimento de um abacaxi na horta da unidade: “Gostaria de compartilhar com vocês a belezura que temos na nossa horta. Tenho acompanhado o desenvolvimento do abacaxi diariamente e hoje me deparei com essa linda imagem, flores no abacaxi. A natureza nos presenteando com essa linda imagem e o significado que ela tem. Vocês sabiam que depois de vinte meses aparecem as flores no abacaxi? Pois é, essas flores são azuis brilhantes e abrem fileira por fileira, começando na parte inferior, por cerca de duas semanas. Cada flor dura apenas um dia, mas há muitas para desfrutar. Quando as pétalas da última flor secam, a fruta começa a se desenvolver. Depois de três a seis meses deste período, sua fruta começará a amadurecer. Fantástico, né?” Que aula!

Para saber mais sobre a Política Municipal e o Plano Municipal de Educação Ambiental, acesse https://portal.campinas.sp.gov.br/secretaria/verde-meio-ambiente-e-desenvolvimento-sustentavel/pagina/plano-municipal-de-educacao-ambiental.