Equipe estuda o comportamento de cinco variedades de banana
Uma equipe de pesquisadores das Unidades da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), do Instituto Agronômico (IAC), da APTA Vale do Ribeira, Bioversity International e da PUC-Campinas, estuda as principais doenças da banana em quatro polos produtores de São Paulo.
O projeto “Caracterização do mal-do-Panamá da bananeira visando ao desenho de estratégias de manejo da doença”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), irá avaliar mais de 20 propriedades. Até o momento, cinco no Vale do Ribeira, cinco em São Bento de Sapucaí e cinco em Penápolis já foram mapeadas.
As propriedades em Jales e região estão programadas para maio. É um trabalho de equipe onde um número significativo de variáveis são medidas no campo ou amostras são coletadas para análise em laboratório. Todos os dados estão sujeitos a meta-análises utilizando programas e modelos estatísticos desenhados dentro do projeto. Entre as variáveis estudadas estão intensidade e distribuição espacial do mal-do-Panamá, biologia de populações de Fusarium oxysporumf sp. cubense, população e espécies de nematoides, população e espécies de brocas, intensidade de Sigatokas (negra e amarela) e análises físico-químicas do solo. Adicionalmente, informações detalhadas sobre os sistemas de produção empregados, bem como os dados climáticos históricos, serão coletados.
O pesquisador Miguel Dita, coordenador do projeto, afirma que os objetivos vão além do manejo do solo e do mal-do-Panamá. Estuda-se também o comportamento de cinco variedades com especial interesse para ajustes no sistema de produção e comercialização de BRS Platina, BRS Tropical e BRS Princesa.
Segundo Miguel, a expectativa é que os resultados ajudem a entender os efeitos de fatores bióticos e abióticos sobre o mal-do-Panamá para desenhar estratégias mais eficientes de manejo da doença empregando conhecimentos de causa sobre os fatores estudados com uma abordagem sítio-específica. Parte dos resultados foram apresentados recentemente no VI Congresso Internacional da banana e na XXI Reunião de Acorbat Internacional, eventos realizados em Miami, USA, em abril de 2016.
Outro projeto da equipe – Exploring root-associated microbial diversity of Musa spp. for agriculture uses in banana, está em fase de estabelecimento e caracterização de coleção de bactérias e fungos endofíticos de 50 genótipos de banana. Até o momento mais de 200 isolados foram obtidos. Experimentos funcional foram conduzidos in vitro e uma casa-de-vegetação foi acondicionada para esse fim, que inclui o estudo de microrganismos via fertirrigação.
Matéria: Cristina Tordin