Ferramentas de geoprocessamento podem ser usadas em projetos ILPF e Matopiba

Pesquisadores da Embrapa trabalham em um processo de estudos de planejamento territorial ambiental, com a apresentação de técnicas de suporte e de simulação voltadas para o seu planejamento. Isso inclui análise de dados ambientais; transformação do conhecimento – qualitativo, em variáveis possíveis de serem processadas por sistemas de computação; trabalho em equipe; volume de dados que impossibilita o tratamento da informação sem ferramentas computacionais; elaboração de esquemas de representação do conhecimento para a atividade fim, além dos dados terem expressão geográfica. Isto é, será possível identificar o que será levado em consideração e transformar essas informações em mapas.

A equipe esteve reunida na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) em julho para analisar a proposta de suporte das ferramentas de geoprocessamento para estudos de planejamento territorial ambiental, o histórico da aplicação da metodologia – Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Mato Grosso (ZSEE-MT), Zoneamento Agroecológico da cana-de-açúcar (ZAE-Cana), IPEF, Avaliação de Ciclo de Vida (ACV-Cana), Integração Lavoura Pecuária (ILPF) e Matopiba, de proposição e ponderação de critérios, metodologia de integração temática em ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica), além da discussão de vantagens e dificuldades.

 

Como resultado, obteve-se a consolidação das etapas da proposta do planejamento ambiental estratégico aplicado à seleção de critérios para o mapeamento de áreas prioritárias – hierarquização em função de uma pergunta, que consta de seleção de critérios; organização base de decisão; hierarquização de critérios com análise hierárquica (AHP) – análise pareada; discussão em equipes com mapas conceituais; modelagem da integração dos critérios com base de conhecimento – lógica fuzzy e o resultado do modelo em SIG – mapa temático de prioridade.

Conforme Sandro Pereira, analista da Embrapa Meio Ambiente, “a aplicação dessas técnicas voltadas para o planejamento ambiental, na elaboração de avaliações do espaço geográfico, permite a validação da análise de suas potencialidades e fragilidades para a gestão e para investimentos, como, por exemplo, áreas prioritárias para incentivo de uma cultura e regiões onde investir em transferência de uma tecnologia. Esse sistema pode orientar aos gestores no planejamento e no uso sustentável dos recursos disponíveis, enfatiza”.

“Além disso, a análise ambiental integrada ao ambiente SIG permite aos gestores uma visão sistematizada da tomada de decisão expressa no território, ou seja, em mapas. Com isso, é possível identificar os locais com maiores prioridades de investimento e verificar se as ações adotadas estão de acordo com a necessidade. Permite que a tomada de decisão territorial seja baseada em critérios com expressão espacial definidos para as necessidades do gestor e para a demanda por ele apresentada”, explica o analista.

A sua aplicação dá suporte à decisão e a análise multi critério permite a geração de análises e estimativas para a avaliação ambiental, o planejamento e o ordenamento territorial. Essa caixa de ferramentas é composta com elementos da análise prospectiva territorial adaptada para a seleção dos critérios; da análise de processo hierárquico para a ponderação dos critérios e da elaboração de uma base de conhecimento em SIG para reproduzir no ambiente computacional as análises dos cientistas e demais envolvidos na decisão.

Esse conjunto de técnicas foi aplicado em parte ou ao todo nos trabalhos analisados. Sua aplicação é voltada para estruturar a organização da informação técnico-científica facilitar a discussão entre pares e permitir a elaboração de documentos que transmitam com clareza os procedimentos adotados para todo público interessado.

Matéria: Cristina Tordin

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