Instituto Adolfo Lutz é o responsável por analisar os exames do COVID-19
O Instituto Adolfo Lutz é quem faz este exame, não apenas do COVID-19, mas uma série de outros exames. Por isso, precisa de um tempo para realizar todos os testes. Isso determina a quantidade de análises que eles podem fornecer por dia.
O Adolfo Lutz atende – não só Pedreira – mas todas as outras cidades do Estado. Com a pandemia, o Laboratório é o único que pode realizar os exames no Estado, e as cidades têm de seguir uma série de normas para que os testes sejam efetivados. Sem esses procedimentos, o Laboratório não tem como entregar nenhum resultado. Você consegue imaginar uma pessoa muito doente, internada no hospital, esperando o resultado de um exame e essa análise não sai em tempo do médico poder tratá-la? Por isso, existe um protocolo para coleta de exame, que no caso de uma pandemia é muito mais rigoroso.
Neste momento é de fundamental importância a agilidade dos laboratórios. Eles estão no sistema nervoso de vigilância em saúde. Estão sendo revitalizados, automatizados, para garantir resultados eficientes e precisos. Todo cidadão tem direito de receber o resultado do exame de forma mais rápida e eficaz e, para isso, precisa-se de qualidade técnica. Só que o Governo Federal liberou equipamentos há pouco e nem todos estão instalados. Vão estar prontos somente quando se atingir o pico da doença do País.
Hoje, autorizados os 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) – 26 Estados e Distrito Federal – para descentralizar o diagnóstico do coronavírus. Em São Paulo é o Adolpho Lutz.
Segundo o Ministério da Saúde, os laboratórios centrais têm capacidade de analisar, cerca de 100 amostras de exames para a COVID-19 por dia. Já nos três laboratórios de referência – Fiocruz (RJ), Adolfo Lutz (SP) e Instituto Evandro Chagas no Pará, essa capacidade é de cerca 200 amostras por dia. Por isso, as cidades demoram para receber o resultado.
Todos os testes produzidos pela Fiocruz deverão ser usados no Sistema Único de Saúde – SUS – ou seja, na Rede Pública. Não há kits de testes suficientes no Brasil para uma ação abrangente, aliás outros países enfrentam a mesma situação. Por isso, os pacientes com diagnóstico do novo Coronavírus e com sintomas leves devem ficar em casa isolados, eventualmente tomando remédios para aplacar os sintomas.
Os kits de teste estão sendo produzidos em regime de prioridade pelo Instituto Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, com produção semanal e a distribuição se dá na mesma proporção, ou seja, também são enviados aos estados semanalmente. Há um escalonamento para que se aumente a capacidade de produção, hoje em torno de 3,5 a cada três dias.
Segue-se um padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, que inclui desde o isolamento do paciente até o envio de amostras de material respiratório para análise. Os médicos recolhem amostras de material respiratório (secreção da garganta ou nariz). Os profissionais de saúde devem seguir um rígido protocolo laboratorial para evitar contágio e garantir o armazenamento e transporte seguros e sem alterações das amostras coletadas.
O protocolo laboratorial para a coleta, acondicionamento e transporte de amostras biológicas para investigação do novo Coronavírus no Instituto Adolfo Lutz têm de seguir todas as etapas predefinidas.