JAGUARIÚNA ESTÁ PERDENDO SUA HISTÓRIA

A sede da histórica fazenda de Café que deu origem à cidade está caindo! Alô! Alô! Câmara Municipal de Jaguariúna! Torna-se urgentíssimo salvar o casarão da Fazenda Florianópolis (Serrinha) construído pelos negros escravos de 1870. Já se faz tarde! A sede continua sendo invadida, saqueada, pilhada, continua caindo e o Conselho Municipal do Patrimônio não conseguiu convencer os Poderes Públicos: Executivo e Legislativo, e nem o CONDEPHAAT com seu pedido de socorro. Para alguns houve ofícios duplicados! Ninguém se sensibilizou. Nem resposta aos ofícios o CONPHAAJ obteve! Urge salvar substancial parte da História de Jaguariúna.
O fundador de Jaguariúna, Cel. Amâncio Bueno recebeu a fazenda como herança de seus pais, Cândido e Umbelina Bueno. Ela está envolta em profundos valores da história local. Precisa receber dos Poderes Públicos Municipais empenho de guarda e proteção, manutenção e preservação. Suas principais construções foram doadas extraoficialmente à Prefeitura de Jaguariúna, desde 15 de agosto de 2015, quando em ato público, foram entregues as chaves do imóvel ao Exmo. Prefeito Municipal, Tarcísio Cleto Chiavegato, em permuta da liberação de condomínio.
Nos últimos períodos o casarão histórico e construções anexas estiveram sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal (Comodato). O proprietário tem Projeto de converter a fazenda em Condomínio Fechado, em torno da sede. Que isto aconteça o mais breve possível. Mas dependerá da Vontade Política das autoridades municipais. Quando ocorrer a liberação de seu projeto, a sede da fazenda e construções anexas serão doadas oficialmente à Prefeitura.
Este histórico complexo arquitetônico, praticamente no centro da cidade, teria condições de, após reformado e restaurado abrigar toda a Prefeitura com todas as suas Secretarias Municipais. Há casarão anexo que poderia tornar-se Câmara Municipal, trata-se da 1ª sede daquela fazenda. O Brasil é moderninho, nasceu no século XVI, precisaria das lições milenares de Europa. Sobretudo nestes difíceis tempos contemporâneos de crises econômicas, sociais e políticas, faz-se preciso dialogar muito com a população, saber ouvir, respeitar opiniões diversas, refletir, avaliar conjuntamente, planejar.
Um cidadão sozinho nunca é dono da verdade! Os meios políticos devem saber ouvir! Sentar com a população e olhar em seus olhos. Não se destrói nada daquilo que foi construído e seja um marco histórico. Não se queima dinheiro da municipalidade. Conforme dizem os Experientes, dinheiro não aguenta desaforo! Não se varre a história de nossas ruas! As novas gerações precisam ter memória da história para interpretar o Presente e planejar o Futuro. Reforma-se, restaura-se, recupera-se. Respeita-se a fortaleza das construções, segundo a sabedoria e competência dos arquitetos e construtores do Passado.
A Florianópolis é um patrimônio histórico, arquitetônico e ambiental e que, por estar sendo destruído teve Processo de Tombamento aberto pelo órgão de defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo, “CONDEPHAAT”. É preciso conseguir liberação do órgão paulistano de defesa do patrimônio para tocar o processo adiante. Nesse ínterim, por que não montar ali um novo Canil da Guarda Municipal? Ele evitou a depredação da sede da Barra. Goteiras comprometem a estrutura do telhado e forro que desabam.
Só uma vontade política da Administração Municipal, da Câmara autônoma, de secretarias dinâmicas poderão tomar as dores e angústias de um interesse coletivo da população para salvar sua história, suas memórias, sua identidade. Salvemos a sede da Florianópolis! Ela é Patrimônio Histórico da comunidade!

Tomaz de Aquino Pires.