Março Azul – mês de prevenção ao câncer colorretal

Terceiro tipo de câncer mais incidente no Brasil, o câncer colorretal ou câncer de intestino só perde para o câncer de pele; o de próstata, no caso dos homens; e o de mama, no caso das mulheres.

Dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) apontam que o país registra cerca de 41 mil novos casos da doença por ano. Apesar da gravidade, o câncer colorretal pode ser prevenido e, se descoberto em fase inicial, as chances de cura chegam a 90%, 100%. Para alertar a população sobre a importância da prevenção, a SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) elaborou um vídeo sobre o Março Azul, mês de conscientização sobre a doença.

De acordo com o coloproctologista Dr. Cláudio Coy, membro do Departamento Científico de Coloproctologia da SMCC, as causas do câncer colorretal são muito variadas, mas, na maioria das vezes, estão relacionadas a fatores ambientais, como o sedentarismo, obesidade, tabagismo e alimentação rica em carne vermelha e alimentos processados.

“A prevenção, felizmente, é muito eficaz. Existem várias formas. As duas mais comuns e frequentes são a pesquisa de sangue nas fezes, que é feita anualmente, ou a colonoscopia, que tem a vantagem de poder ser feita em intervalos maiores, de até dez anos, a partir de um exame normal”, explica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, pessoas sem sintomas devem fazer a colonoscopia a partir dos 50 anos. A periodicidade vai variar conforme o resultado do exame e deverá seguir a orientação do médico. Já pessoas com casos de câncer de intestino na família devem realizar a colonoscopia pela primeira vez dez anos antes da descoberta da doença no familiar, ou seja, se ele descobriu aos 40 anos, o exame deve ser feito aos 30.

Os exames de rastreamento são fundamentais para prevenção e diagnóstico precoce da doença. Quando descoberta no início, as chances de cura chegam a até 100%. Normalmente, quando o câncer colorretal apresenta sintomas, já está em um estágio mais avançado. Por isso é muito importante ficar em alerta em relação aos sintomas mais comuns e procurar um médico. “As manifestações mais comuns são sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor abdominal tipo cólica ou mesmo anemia”, comenta Dr. Coy. “O tratamento baseia-se em cirurgia e, em alguns casos, radioterapia e quimioterapia. Felizmente, tem cura na maior parte dos casos. Nos casos mais iniciais, a cura chega a 90%, 100%, com resultados muito melhores em termos de prognósticos que outros tipos de câncer”, diz.

Sobre a SMCC:

A SMCC é uma entidade associativa, que reúne milhares de médicos de Campinas e Região. Fundada em 1925, tem como objetivo promover o conhecimento científico entre os profissionais, oferecer benefícios e desenvolver projetos sociais direcionados à comunidade. É considerada a Casa do Médico de Campinas.

 

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