Não é a primeira vez que empresários itapirenses morrem em acidente com aeronave

Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros

Embora poucos itapirenses da nova geração tenham conhecimento, o acidente ocorrido com o helicóptero no sábado, dia 24, em Campos do Jordão/SP, causando a morte de empresários da indústria farmacêutica Cristalia, não foi o primeiro a causar a morte de notáveis cidadãos de Itapira/SP. Há mais de 50 anos, no dia 14 de dezembro de 1962, um acidente de avião vitimou o industrial Virgolino de Oliveira e o empresário Antônio Caio, que na ocasião estava pela segunda vez no cargo de Prefeito de Itapira, além do aviador de nome Tito.

No acidente ocorrido no sábado, dia 24, seis pessoas foram vítimas na queda de um helicóptero ocorrido na região do Pico do Itapeva, na Serra da Mantiqueira, em Campos do Jordão/SP. De acordo com comunicado da empresa Cristália, entre as vítimas do acidente estavam Kátia Stevanatto Sampaio, acionista e vice-presidente do conselho da empresa, seu marido, o médico Paulo Sampaio, e o empresário da área de marcenenaria Ronoel Sholl e a arquiteta Leticia Telles. Os pilotos da aeronave foram identificados como Antonio Landi Neto e Juliano Martins Perizato.

Os corpos foram resgatados por equipes do corpo de bombeiros com apoio do helicóptero Águia que teve dificuldades devido as condições de chuva e neblina. Os bombeiros conseguiram captar um sinal de rádio do helicóptero e, assim, levantou as coordenadas da localização.

A aeronave acidentada é uma Agusta AW109SP Grand New, com prefixo PT-FPS de propriedade da empresa Cristália. O laboratório Cristália é uma indústria farmacêutica e tem duas unidades em Itapira.

O acidente ocorrido em 1962

O acidente ocorrido no dia 14 de dezembro de 1962, vitimou os empresários Virgolino de Oliveira e Antônio Caio, quando ambos, mais o aviador Tito, saíram de Itapira com direção a São Paulo onde iriam se encontrar com o governador Carvalho Pinto para tratar sobre a questão dos recursos necessários para a modernização do sistema de captação, tratamento e distribuição de água para os Itapirenses.

Segundo relato do Jornal A Cidade de Itapira em sua edição de domingo, 16 de dezembro de 1962, a aeronave caiu instantes depois de decolar do campo de pouso que ainda hoje existe na Usina Nossa Senhora Aparecida. Virgolino e o piloto tiveram morte instantânea. Caio ainda chegou a ser socorrido na Santa Casa, mas não suportou os ferimentos e faleceu no final da tarde.

Segundo relatos de itapirenses que testemunharam o fato, na ocasião o acidente causou profunda comoção em toda a população da cidade e uma movimentação de pessoas nunca vista antes para o funeral das vítimas.

 

Comentários