Pesquisa nos Estados Unidos revela potencial da cozinha como ambiente de contaminação
Segundo pesquisa realizada pela NSF, referência mundial em segurança dos alimentos, a cozinha não é só o cômodo mais usado da casa, mas um dos mais contaminados. Testes realizados pela organização nos EUA, comprovam que a área da cozinha é um espaço favorável ao desenvolvimento de microrganismos que favorecem o surgimento de doenças transmitidas por alimentos (DTA), que podem causar doenças gastrointestinais. Os resultados da pesquisa mostram que são 4 os pontos críticos na cozinha: em 4º lugar estão os abridores de lata, aquele pedaço de metal que fica em contato com o alimento dentro da lata e que muitas vezes esquecemos de higienizar. O 3º colocado é o copo do liquidificador que pode facilmente acumular resíduos de alimentos e microrganismos, nele foram encontrados E. coli, salmonela e mofo. O ideal é a cada uso desmontar o copo tirando a lâmina e a borracha de vedação e lavar cada peça separadamente com água quente e detergente e deixar secar antes de reutilizar.
O 2º item de perigo é o sangue que pode escorrer das carnes dentro da geladeira, com grande potencial de contaminar outros alimentos e o refrigerador. Agora, em 1º lugar, como mais contaminado da cozinha está a gaveta da geladeira. Ela tem um potencial enorme de contaminação pois armazenamos frutas, verduras e legumes, alimentos cultivados na terra em contato com fertilizantes e adubo. Esses resíduos com matéria orgânica podem vir para dentro da gaveta do refrigerador e se tornar uma fonte de risco.
Outras áreas de atenção na cozinha são aquelas que entram em contato direto com os alimentos crus, como tábuas, facas, pias e esponjas pois também tem risco grande de contaminação. Por isso, é importante lavar bem os utensílios com água e sabão após cada uso e trocar as esponjas frequentemente. Além disso, é preciso separar os alimentos crus dos cozidos para evitar a contaminação cruzada, e guardar os alimentos na geladeira em recipientes fechados e limpos. Atenção! Ovos crus ou malcozidos podem conter a bactéria salmonela.
A pesquisa da NSF também verificou que muitas pessoas não higienizam corretamente as verduras, legumes e frutas que serão consumidos crus, usando apenas água corrente ou vinagre, o que não é suficiente para eliminar os riscos. Usar uma solução clorada lavar alimentos de origem vegetal com um tempo de contato mínimo de 10 minutos, seguido de novo enxágue em água corrente. Também é importante cozinhar os alimentos de origem animal a uma temperatura mínima de 74°C para garantir a inativação dos micro-organismos. Essas medidas simples podem evitar muitos problemas de saúde e garantir uma cozinha mais segura e saudável e aproveitar melhor os benefícios dos alimentos.
A NSF é uma organização independente e global que facilita o desenvolvimento de padrões para minimizar os efeitos adversos à saúde e proteger o meio ambiente. Com operações em 180 países, a NSF testa e certifica produtos para as indústrias de alimentos, água, ciências da saúde e bens de consumo. Fundada em 1944, a NSF está comprometida em proteger a saúde humana em todo o mundo. A NSF é um centro colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde em Qualidade da Água, Segurança dos Alimentos e Segurança de Dispositivos Médicos.