Pets na ceia de Natal? Confira cuidados alimentares com cães e gatos durante as festas

Uvas passas, chocolate e receitas com xilitol podem intoxicar os pets e causar danos severos à saúde, alerta especialista do CEUB

Como parte da família, os animais de estimação estão sempre por perto nos momentos especiais. Contudo, é importante lembrar que os hábitos e necessidades alimentares dos pets são diferentes dos humanos. Para garantir que os cães e gatos aproveitem a ceia de Natal com segurança alimentar, Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), indica cuidados para incluir os animais de companhia de forma adequada na celebração.

Embora o Natal seja uma data especial para reunir a família à mesa, Fabiana ressalta que os cães não devem consumir os alimentos preparados para humanos. Para incluir o pet na ceia, a médica veterinária do CEUB indica que o tutor planeje uma refeição especificamente para ele, composta por carnes magras como peito de frango ou carne moída, sem temperos, alho ou cebola.

“O ideal é utilizar alimentos que o animal já esteja habituado a consumir, prevenindo distúrbios digestivos. Também é possível encontrar panetones e biscoitos especiais para cães em lojas de produtos para pets, que podem complementar a ceia de forma segura.”

Segundo a docente, muitos dos itens tradicionais da ceia de Natal podem ser prejudiciais ou até perigosos para os animais, como comidas temperadas com cebola, que podem causar anemia severa em cães. Outro perigo são as uvas passas, que podem provocar vômitos, diarreia e danos renais.

“Bolos e biscoitos contendo xilitol também são nocivos, podendo levar a tremores, ataxia e hemorragias no sistema gastrointestinal. O chocolate, por sua vez, é altamente tóxico para cães e pode comprometer seriamente a saúde do pet. Para evitar riscos, vale orientar os convidados a não oferecer supostos agrados alimentares ao animal durante a ceia.”

Alergias e intoxicações
Sobre reações alérgicas, a veterinária afirma ser difícil saber se um animal é alérgico a determinado alimento sem que ele tenha apresentado sintomas anteriormente. Manifestações alérgicas podem incluir vômitos, diarreia, coceira e lesões na pele. “Evite soluções caseiras, como oferecer leite, que podem agravar o quadro. Apenas um profissional poderá indicar o tratamento adequado.”

Segundo Fabiana, a melhor forma de introduzir novos alimentos à dieta do pet é consultar um veterinário nutrólogo, que pode criar uma dieta equilibrada e indicar as quantidades. A professora do CEUB recomenda petiscos como peito de frango ou carne de pato desidratados. Porém, até mesmo os alimentos permitidos não devem ser oferecidos em excesso. “Com planejamento e atenção, é possível celebrar de forma segura e prazerosa com todos os integrantes da casa, inclusive os de quatro patas”, finaliza.