Procon de Campinas divulga pesquisa de preço de medicamentos

Foram pesquisados 51 medicamentos em dez drogarias da cidade. Coleta de dados foi feita em parceria com a Fundação Procon/SP

O Procon de Campinas divulgou nesta terça-feira, 4 de julho, o resultado da pesquisa realizada com a Fundação Procon/SP sobre preços de medicamentos. A coleta de dados foi realizada por agentes dos órgãos municipal e estadual de defesa do consumidor, no dia 7 de junho, em dez estabelecimentos de Campinas. Ao todo, foram pesquisados 51 medicamentos, sendo 26 de referência e 25 genéricos.

A partir do preço médio apontado na pesquisa foi possível verificar que os medicamentos genéricos de mesma apresentação são, em média, 49,86% mais baratos em comparação ao dos medicamentos de referência.

A maior variação encontrada nos medicamentos de referência foi referente ao Atorvastatina Cálcica, cuja diferença de preço chega a 35,61%. O maior preço encontrado numa caixa de 10 mg, com 30 comprimidos, foi de R$ 145,36, e o menor valor nesta mesma apresentação, R$ 107,19.

Entre os genéricos, a maior diferença de preços foi referente à Loratadina, com variação de até 355,10% no valor. Para a caixa com 12 comprimidos de 10 mg, o maior preço encontrado foi de R$ 46,83 e o menor R$ 10,29.

“Essa pesquisa nos permite ver o quanto uma boa consulta de preços pode representar em termos de economia ao bolso do consumidor. Mas é essencial que esse levantamento esteja sempre aliado à recomendação e prescrição médica”, enfatiza a diretora do Departamento de Defesa do Consumidor de Campinas, Yara Pupo.

Dicas

A orientação para os consumidores é pesquisar preço entre os medicamentos de referência e genérico, bem como observar questões de deslocamento ou até de entregas para compras realizadas à distância (aplicativo e/ou delivery).

O consumidor também deve observar se o número do lote, prazo de validade e data de fabricação que constam na caixa do medicamento são os mesmos da cartelas ou frascos.

Também vale verificar a política interna das farmácias. Se trabalham com programas de fidelidade da própria drogaria ou de laboratórios, além de descontos provenientes de planos ou seguros de saúde.

Há ainda alguns medicamentos que podem ser adquiridos por meio de programas sociais dos governos federal, estadual ou municipal de forma gratuita ou com descontos. É importante verificar se o medicamento se enquadra em algum desses programas.

Outra dica é procurar comprar medicamentos de estabelecimentos devidamente regularizados e que emitam nota fiscal. Em relação à precificação, os preços dos medicamentos à vista (sem qualquer desconto) não devem estar acima do preço máximo estabelecido pela Anvisa.

A listagem com os preços máximos poderá ser consultada no site da agência (www.anvisa.gov.br). Conforme resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), as farmácias devem disponibilizar aos consumidores a lista de preços máximos dos medicamentos. Dúvidas de consumidores podem ser esclarecidas pelo telefone 151 e nos postos presenciais do Procon.

A pesquisa com os preços dos medicamentos pode ser conferida no site do Procon de Campinas https://procon.campinas.sp.gov.br/.

Crédito: Fernanda Sunega