Revolução Constitucionalista de 32 é tema de palestras e concurso de desenho nas escolas

De 7 a 23 de junho, alunos da rede municipal de ensino de Jaguariúna abordam um tema histórico de fundamental importância para toda a população do Estado de São Paulo e que deixou marcas profundas no contexto de formação da antiga Vila Jaguary, hoje a atual e próspera Jaguariúna: a Revolução Constitucionalista de 1932.

De acordo com a Secretaria de Educação de Jaguariúna, alunos do 4º ano da Rede Municipal de Ensino participam do Concurso de Desenhos sobre a Revolução de 32. A iniciativa foi proposta pelo 10º Núcleo de Correspondência “Trincheiras de Jaguariúna”, filiado à Sociedade de Veteranos de 32 – MMDC.

A entidade é presidida por Maria Helena de Toledo Silveira Melo e tem como colaborador o Tenente da Polícia Militar (PM) Marcos Cesar Terin Viotto, que receberam o apoio da Secretaria de Educação de Jaguariúna para organizarem uma série de palestras sobre a Revolução Constitucionalista de 1932 em todas as classes do 4º ano das escolas municipais tendo como meta um Concurso de Desenhos.

Será escolhido o melhor desenho de cada classe, que concorre ao 1º, 2º e 3º lugares entre todas as escolas municipais.  Os alunos vencedores recebem a premiação numa solenidade em homenagem aos 87 Anos da Revolução Constitucionalista, a ser realizada no dia 9 de julho (data oficial da comemoração). Os desenhos ficam expostos no local da solenidade, que ainda não foi definido.

 

Uma luta por direitos e liberdade

Quem tem a liberdade como um bem comum aos povos livres do planeta, em hipótese nenhuma deve abrir mão dela. Pelo contrário, deve lutar por ela. Em tese, foi com esse espírito que os combatentes paulistas se empenharam na Revolução Constitucionalista de 1932.

Trata-se de um dos mais importantes acontecimentos de cunho político e, até hoje, o maior movimento armado da história do Brasil. Eram as tropas de São Paulo, lutando pela criação de uma Nova Constituição Federal, contra as do então ditador e líder do Governo Provisório, Getúlio Vargas.

Esse acontecimento histórico deixou marcas ainda visíveis na antiga Vila Jaguari, mais precisamente na Fazenda da Barra, hoje um patrimônio que está sendo devidamente restaurado e preservado pela Prefeitura de Jaguariúna. Foram 3 meses de intensos combates onde o idealismo, o civismo e o amor pela Pátria moviam os Soldados Constitucionalistas. E mesmo com todas as dificuldades e adversidades, eles bravamente levaram adiante sua luta.

A Vila Jaguari (atual Jaguariúna) foi um local importante de resistência na Zona Mogiana, também chamada de Frente Leste, pois conseguiu impedir o avanço de tropas governistas que vinham por Minas Gerais, buscando cercar e invadir as cidades de Campinas e São Paulo.

Em 2 de outubro de 1932 foi assinado o acordo para cessar as hostilidades e no ano seguinte o Governo Federal convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que promulgou a Constituição do Brasil em 1934.

Daqui, da então pequena e valente Vila Jaguari, quatro jovens heróis jaguariunenses – Alfredo de Souza, Alfredo Guedes, Nabor de Moraes e Valdomiro Chiavegato – foram para as trincheiras e campos de batalha e engrossaram as fileiras das tropas paulistas.  Um deles – Nabor de Moraes – não voltou, após ter sido ferido mortalmente no Túnel da Mantiqueira, onde houve uma das mais sangrentas batalhas.

Conforme registro do Núcleo de Correspondência Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna, presidido por Maria Helena de Toledo Silveira Melo, o jaguariunense Nabor de Moraes foi sepultado com todas as honras no Mausoléu dos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932, em Campinas, em frente ao Cemitério da Saudade, e será lembrado como Herói-Mártir para sempre.

 

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