Samu de Mogi Guaçu efetua cerca de 14,9 mil atendimentos em 5 meses

Entre janeiro e maio deste ano a Central Reguladora do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) 192 recebeu 14.986 chamadas. Durante o ano passado todo o serviço recebeu ao todo 39.655 chamadas. O Samu integra o Consórcio Intermunicipal de Saúde “8 de abril” em que faz parte as cidades de Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Itapira, Estiva Gerbi, Conchal e Santo Antonio de Posse.

De acordo com os dados disponibilizados pelo coordenador do serviço de urgência, Wagner Tadeu Cezaroni, dos mais de 14 mil chamados 9.396 originaram ocorrências, em que a equipe do Samu teve que se deslocar até o local do atendimento. Entre janeiro e maio houve 13 ocorrências com mais de uma vítima. Também foram registradas 84 orientações dos profissionais através do telefone.

Cezaroni explica que atualmente as cidades de Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Itapira possuem uma ambulância de atendimento básico (com técnico de enfermagem e o motorista) e uma de atendimento avançado (com médico, enfermeiro e motorista). A cidade de Estiva Gerbi possui apenas uma ambulância para atendimento básico, totalizando assim uma frota de sete ambulâncias.

“A nossa perspectiva é de ampliar esse frota na cidade de Santo Antonio de Posse, eles recentemente passaram a integrar o Consórcio e demostraram interesse em ter uma base do Samu no município, eles já estão preparando toda a documentação que será apresentada ao Ministério da Saúde requisitando um novo veículo para atende-los”, salienta o coordenador.

Segundo Cezaroni o Samu que atende as cidades do Consórcio é qualificado pelo Ministério da Saúde, ou seja, atendem aos critérios estabelecidos de excelência nos atendimentos, o que acaba elevando o repasse de verbas. Mas mesmo assim o custeio do serviço acaba sendo metade através do Governo Federal e a outra metade rateada entre os municípios integrantes do Consórcio que utilizam o serviço de urgência.

Trotes
Outro grande problema enfrentado pelo Samu são os famosos trotes. Somente neste ano já foram registrados pela Central Reguladora 475 trotes. Ano passado o número total de trotes recebidos pelo 192 foi de 1.255.

Este tipo de brincadeira além de congestionar as linhas telefônicas do Samu pode até acarretar morte de algum paciente mais grave. “As vezes podemos enviar uma ambulância há um extremo da cidade, chegando lá não existe atendimento nenhum a ser feito, mas no mesmo instante uma pessoa com um quadro com risco de morte aciona o serviço no outro extremo da cidade a ambulância irá demorar para atender, pois ela terá que cruzar novamente a cidade”, explica Cezaroni.

Para que as atendentes consigam identificar se a chamada se trata de um trote é necessário realizar diversos questionamentos. “Muitas pessoas reclamam que quando acionam o 192 precisam responder a diversas perguntas, mas é justamente para fazer a triagem de quem realmente precisa do serviço”, afirma o coordenador. De acordo com Cezaroni o perfil de quem faz o trote é adulto e do sexo masculino.

Uma das ferramentas encontradas para combater essa pratica é o “Samu na escola”, que leva até as crianças e adolescentes a importância do serviço de urgência. “Com esse projeto as crianças se tornam multiplicadores do não ao trote”, aponta. Segundo o coordenador o objetivo este ano é fechar abaixo dos mil trotes.

Matéria: Fábio Alcântara Lima

 

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