Saúde inicia coleta de larvas do Aedes Aegypti para monitoramento da dengue em Jaguariúna

Uma equipe da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Jaguariúna iniciou, nesta segunda-feira (14/01), uma Avaliação de Densidade Larvária (ADL) pelos bairros Vila São José, Vila 12 de Setembro e Jardim Imperial, seguindo orientação passada pela Sucen – Superintendência do Controle de Endemias.

Conforme dados da Sucen, que faz parte da Secretaria Estadual da Saúde, em janeiro de 2019 Jaguariúna chegou ao índice 1,9 de infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti, sendo que de 1 a 3,9 o município entra em situação de alerta (confira tabela abaixo e saiba como é feito o cálculo).

Nesses casos, a Sucen atua em conjunto com os municípios no controle de doenças tropicais como dengue, febre chikungunya, zika vírus, e febre amarela em áreas urbanas, além de orientar sobre controle de animais peçonhentos e de outras endemias.

“Esse trabalho de inspeção e coleta a domicílio é executado por agentes de saúde do município sob orientação da Sucen, que define as áreas a serem trabalhadas e sorteia as residências onde haverá coleta de larvas, explica Carlos André Sanches Coutinho, chefe da Divisão de Zoonoses e Controle de Vetores na Prefeitura de Jaguariúna.

Enquanto metodologia, a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) é feita por amostragem – em geral, são sorteadas cinco casas por quarteirão – e nelas são coletadas as larvas encontradas em recipientes com água parada, pois esses são os principais criadouros onde a fêmea do Aedes aegypti deposita seus ovos.

Relatórios

A quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti identificadas em laboratório são comunicadas à Sucen num relatório e ela elabora um planejamento para a realização de uma ADL no município cuja infestação ultrapasse o índice considerado aceitável.

Conforme a secretária de Saúde de Jaguariúna, Maria do Carmo de Oliveira Pelisão, os índices de densidade larvária mostram em números como está a situação do município quanto à infestação pelo Aedes aegypti e servem de orientação para determinar o que deve ser feito para manter a situação sob controle.

“Graças ao intenso trabalho de eliminação de criadouros casa a casa, feito durante todo o ano passado por nossos agentes de Saúde nos mutirões de limpeza, temos a dengue sob controle e não houve nenhum caso dessas outras doenças em nossa cidade, mas a partir do momento que o número de larvas do Aedes (aegypti) aumenta, isso é preocupante e nossa equipes estão empenhadas em não deixar que tenhamos infestação, mas a colaboração de cada morador é extremamente necessária”, diz a secretária.

Como são avaliados os resultados da ADL:

  • O porcentual do índice de infestação é estabelecido pelo número de imóveis visitados e da quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti encontradas nestes imóveis.
  • Se o índice for inferior a 1% dos imóveis visitados, é considerado satisfatório;
  • de 1% até 3,9% dos imóveis visitados, é considerado como situação de alerta;
  • superior a 4,0% dos imóveis visitados, é considerado que existe risco de epidemia por dengue ou outra das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Fonte: Sucen – Superintendência do Controle de Endemias – Governo Estadual 

Foto: Ivair Oliveira

 

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