SEM FUNCIONÁRIOS, SEM ESTRUTURA, IML DE MOGI GUAÇU SUSPENDE AS ATIVIDADES DE NECROPSIA

O Instituto de Medicina Legal (IML) de Mogi Guaçu não faz mais exames de necropsia, obrigatórios nos casos em que a pessoa faleceu em acidentes ou em situações de violência como homicídio e latrocínio, desde o dia 1º de junho. O anúncio da suspensão foi feito através de um ofício do médico legista da Superintendência da Polícia Científica, Dr. Marco Antônio Moreno, para a delegada da Seccional de Mogi Guaçu, Edna Elvira Salgado Martins. Desde então, os exames necroscópicos de oito cidades da Seccional de Mogi Guaçu que eram feitos no IML da cidade, foram transferidos para Campinas. Somete os exames de corpo de delito, exames cautelares e de flagrante sexológico (violência sexual) continuarão a serem realizados às segunda-feiras e quarta-feiras, das 9h às 11h, a rua José Renato Martini 235 no Parque Cidade Nova.

A justificativa, segundo o ofício, é a falta de médicos legistas e de auxiliares de necropsia. A falta de efetivo já havia sido comunidado às autoridades desde o ano passado.

Com a mudança para Campinas, além do deslocamento, a tendência é a demora maior no tempo de espera para a conclusão dos exames e emissão do laudo necroscópico, já que a demanda aumentou para mais 8 cidades.

Em resposta à nossa reportagem, a Prefeitura de Mogi Guaçu esclarece, inicialmente, que a transferência de parte das atividades Instituto Médico Legal – relativas à necropsia, mais especificamente para a cidade de Campinas, se deu por decisão do Governo do Estado que alega indisponibilidade de profissionais legistas concursados para atuação em Mogi Guaçu. Informa ainda que tem buscado, ao longo das últimas semanas, com apoio de parlamentares e da estrutura do Estado, soluções que viabilizem com a maior brevidade possível, a retomada integral dos serviços do IML local, beneficiando guaçuanos e moradores de toda a região.
Nossa reportagem tentou contato com a Superintendência da Polícia Científica em São Paulo, mas não tivemos retorno.