SUA ÁGUA TÁ ESQUENTANDO? CUIDADO!

 

A sabedoria popular nos ensina que se colocarmos um sapo numa panela de água fervendo, ele pula para fora imediatamente tentando se salvar. Porém, se colocarmos o mesmo sapo em uma panela com água fria e esperar que ela esquente aos poucos, ele morrerá cozido. Você imagina porque o sapo não pula assim que a água começa a ferver? Você acredita mesmo que o sapo não consegue perceber o calor ou é possível que ele se acostume à temperatura subindo, mesmo que isso o incomode ao extremo?

A biologia explica que o sapo é considerado um ser Ectotérmico, ou seja, ele não produz o próprio calor e por isso precisa de fontes externas para manter a temperatura corporal constante. Isso explica bem o porquê desse coitadinho suportar tal aquecimento gradual por mais tempo do que deveria. O problema é que, quando percebe, já está exausto demais e lhe faltam forças para agir.

Pois bem, mas essa é só uma parábola e, diferente dos sapos, por ser um mamífero, você é um ser Endotérmico, tem a sua própria temperatura interna e, logo, não precisaria depender, muito menos se acostumar, com o que vem de fora. Além disso você é um ser inteligente e deveria usar isso a seu favor, só que não!

Essa história nos faz pensar, não é? Ela ilustra bem a maneira como reagimos – ou não reagimos – às mudanças que acontecem na nossa vida. Só para lembrar, a nossa existência só é possível porque estamos sempre mudando, em transformações constantes desde que nascemos e, nem que estejamos paralisados com medo de dar um passo ou tomar uma atitude, tudo a nossa volta, querendo ou não, oscila, sofre mutação ou se mexe, começando pelo planeta que habitamos. Ou seja, estar estático, é uma mera ilusão.

Você já se viu numa situação, ou está nela agora, em que tudo é desconfortável, como se a água estivesse esquentando e você não conseguisse sair dela? Ou pior, como se você quisesse mesmo ficar ali pedindo a Deus para que o mundo te esqueça? Às vezes esse é o cenário perfeito, afinal, quietinho, sozinho no seu próprio caldeirão de sentimentos sem fazer nada para mudar a mesmice em que você se encontra, pode parecer mais fácil, já que tomar atitude dói e ainda corre o risco de errar, não é? Pensando assim, muita gente, de tanto empurrar com a barriga e levar uma vida aquém do que gostaria, chegou a exaustão, perdeu as forças e se encontra hoje colecionando doenças, cultivando uma úlcera, sofrendo com ansiedade e depressão ou numa cama de hospital vítima de um derrame cerebral ou um infarto.

E chegar a um momento ruim e não conseguir sair dele é mais comum do que podemos imaginar. Sabe porque nos colocamos nesse lugar? Porque nem sempre ele foi ruim. Enquanto estava quentinho estava confortável. E aí é que mora o perigo. Quando a gente não se mexe, não observa as mudanças ao nosso redor e não reage, a gente entra numa zona de conforto. E essa é uma das situações mais perigosas para o ser humano. A zona de conforto nos limita, nos coloca dúvidas quanto às nossas capacidades e habilidades. Ela deturpa a nossa visão e nos faz acreditar que não existe nada além do que nossos olhos estão vendo. Ou se existe, não é para nós. Para piorar, com o intuito de nos proteger, a nossa mente nos faz acreditar que aquele ambiente é seguro, só porque já é algo conhecido. Assim continuamos fazendo as mesmas coisas, nos relacionando com as mesmas pessoas, frequentando os mesmos lugares, aceitando as mesmas tarefas, só porque estamos acostumados. São os hábitos enraizados e as crenças limitantes tão difíceis de mudar.

Então qual a saída? Costumo dizer que a saída é sempre pra dentro. Isso mesmo. Se você se observar e perceber o que está fervendo dentro do seu cérebro e o do seu coração, vai começar a entender como e quando “pular fora antes que a água quente te faça mais mal ou acabe com a sua vida”.

Mas pra olhar pra dentro é preciso, além de senso crítico, honestidade com a gente mesmo porque no momento em que a vida está um caos, com tudo saindo do controle, é comum muita gente colocar a culpa nos outros. Imagine se o sapo, ao perceber que a água está ficando ruim, tentasse achar culpados e explicações por estar ali? Imagine ele cada vez mais rabugento reclamando por alguém não ser capaz de perceber que ele está dentro da panela, precisando de ajuda ou ainda por colocar a responsabilidade em quem poderia desligar o fogo e não desliga? Agora olhe pra sua vida e perceba se têm situações em que você poderia simplesmente pular, dar um salto em outra direção, dar um basta em algum hábito seu, ao invés de esperar uma reação diferente ou uma atitude melhor do chefe, do filho, do marido, da esposa, do seu líder espiritual, do professor, dos seus pais, enfim, de quem está a sua volta? Você percebe como a mudança começa dentro de nós mas precisa de ação para acontecer?

Então olhe bem em qual caldeirão você se meteu, cuidado se a água está ficando quente e se – por enquanto – ela parece confortável. Tenha consciência de que a responsabilidade de estar aí é somente sua (mesmo que outras pessoas tenham coparticipação no seu sofrimento, é você quem tem aceitado isso). Se essa tem sido a sua realidade, lembre-se de que é sempre possível mudar. Portanto pare de tentar encontrar os porquês, isso só vai te fazer gastar mais energia e tempo. E acredito que você concorde comigo que a gente tem pressa quando decide que merece ser feliz.

Cuide de sua saúde física e mental! Fique com Deus e até a próxima!

Adriana Cruz

Terapeuta, Jornalista e Palestrante

– Especialista em:

– Transtornos Emocionais, pelo método TRG;

– Leitura Corporal;

– Técnicas de Neurociência

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