Um “up” nas Olimpíadas de 2020

Surfe, skateboard, beisebol/softbol, escalada e caratê, são os novos esportes que serão recomendados pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 ao COI (Comitê Olímpico Internacional) para integrarem o programa olímpico, e já não era sem tempo!

Cabendo a instituição, a decisão final quanto à inclusão dos esportes, que deverá ser tomada entre umas das sessões extraordinária do órgão, no Rio de Janeiro, durante os jogos Olímpicos de 2016.

O critério na escolha, de acordo com a imprensa internacional, teve em vista modalidades consideradas populares e que fossem capazes de aumentar audiência e faturamento dos jogos, com as receitas de patrocínio.

Segundo informações, estima-se que os novos esportes acrescentariam mais de 400 atletas e 18 novos eventos por medalhas durante o evento esportivo. Além dos escolhidos, Wushu (arte marcial), boliche e squash participavam da disputa.

Os esportes como beisebol/softbol, e caratê já tem bons créditos e capacidade suficiente para ser considerado um esporte olímpico.

As presenças do beisebol (masculino) e softbol (feminino) não são nenhuma surpresa. Esportes extremamente populares no Japão, já eram os favoritos a entrar na lista desde que o COI abriu a possibilidade de incluir novos eventos. Assim, como o caratê, arte marcial extremamente popular em todo o mundo e que há anos busca sua inclusão no programa olímpico.

Já as demais escolhidas atendem justamente a ideia de tentar rejuvenescer os Jogos Olímpicos com esportes que alcancem mais o interesse da moçada. Não é por menos que surfe e o skate (nas modalidades street e park) foram incluídos na lista. A escalada esportiva (que estará presente nas modalidades bouldering, dificuldade e velocidade combinada) já fez do programa esportivo das últimas Olimpíadas da Juventude, em Nanquim 2014.

Se por um lado a proposta japonesa atende a uma das recomendações de tentar atrair o interesse de um público mais jovem para os Jogos Olímpicos, por outro, bate de frente com outra premissa do documento lançado que é de combater o gigantismo dos Jogos e, por tabela, o alto custo do megaevento, considerado o responsável por afastar cidades interessadas em lançar suas candidaturas.

Que a ideia é merecedora de aplausos, não tenha dúvida. Sempre é bom ver algo que procura melhorar, rejuvenescer, abrindo condições para que cada vez mais, tenhamos novidades esportivas praticadas por uma grande quantidade de jovens atletas espalhado pelo mundo.

Enquanto os sonhos destes esportes seguem a poucos passos de se tornarem olímpico, o Futsal que sempre tentou, continua ainda em sono profundo, incapacitado de tornar olímpico por culpa de egocentrismos de dirigentes.

Agora, a “batata quente” está na mão do COI, que pode inclusive sacrificar outras modalidades consagradas, cortando provas já incluídas no calendário para tentar tornar modernizar as Olimpíadas com a ousada lista proposta pelos organizadores de Tóquio 2020.

Respostas, só em agosto de 2016…

Adinã Leme

 

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