Vereadores de Amparo derrubam veto do prefeito e criam campanha de doação de cordão umbilical

Doação de cordão umbilical é a nova campanha de conscientização no município Amparo, depois que a proposta do vereador Carlos Cazotti (MDB) foi aprovada e instituiu o dia 8 de outubro como a data oficial.

Projeto de Lei nº 113/2023 foi votado no dia 27 de novembro de 2023, mas recebeu veto total do prefeito em exercício Gilberto Piassa, sob a justificativa de que seria redundante e incoerente criar o dia municipal se já existe o dia nacional, por meio da Lei Federal, além de citar os custos adicionais com atividades educativas, contratação de pessoal e materiais.

Na reunião ordinária do dia 11 de março de 2024, o autor solicitou a compreensão e colaboração dos demais vereadores para que votassem contrário ao veto. “Já tínhamos aprovado esse Projeto e, mais do que isso, acredito que essa Casa tenha também como objetivo fomentar certas discussões na sociedade”, declarou a vereadora Sílvia Forato (PT).

O presidente da Câmara, vereador Edilson Camillo (Dil – PSD), classificou como ‘fraco’ o argumento de gastos pelo Executivo. “Quando declaramos o Dia Municipal, queremos ações em nossa cidade enfatizando a importância desse dia, concluiu.

Farlin Conrado (MDB) declarou: “a gente sabe como é difícil o processo de aprovação de um projeto e, no caso deste em discussão, a conscientização é necessária. O vereador pode criar sim projetos que tragam custos ao município e cabe a nós dizer se vai para frente ou não”.

A vereadora Alice Veríssimo (União) lembrou que o projeto contou com a aprovação das Comissões Permanentes da Câmara. “Como disse a vereadora Sílvia, são propostas que trazem a discussão para a sociedade e são importantes sim”.

O veto foi derrubado por unanimidade. Assista à sessão AQUI.

 

SOBRE A DOAÇÃO DE CORDÃO UMBILICAL

O vereador Carlos Cazotti (MDB) explica que o sangue do cordão umbilical constitui importante fonte de células-tronco, podendo substituir a medula óssea para os pacientes que dela necessitam. “Com isso, este projeto quer mostrar que existe uma alternativa para complementar o baixo número de transplantes de medula óssea realizados no Brasil, resultado do alto custo do procedimento e a baixa disponibilidade de doadores”, disse.

A iniciativa já acontece no âmbito da União pela Lei Federal nº 13.309/2016 e, com a Lei Municipal, haverá ações para levar informações à sociedade, favorecendo o aparecimento de novos doadores. “Conscientizar as gestantes para doar, explicar que o procedimento não oferece qualquer risco à mãe ou ao bebê, bem como o custo relativamente baixo de tal procedimento, são os objetivos desse projeto”, reforçou Cazotti.