Virada Afro Cultural divulga lista de artistas e grupos confirmados para a 3ª edição do Festival 

Foto: Larissa Caroline

Com a temática Construindo um Quilombo na Cidade das Andorinhas, a 3ª edição da Virada Afro Cultural de Campinas acontece nos dias 02 e 03 de novembro

Em 2024 a Virada Afro Cultural de Campinas, em sua 3ª edição, vem com a temática “Construindo um Quilombo na Cidade das Andorinhas”. Marcada para os dias 02 e 03 de novembro, na Estação Cultura de Campinas, a Virada Afro Cultural começa às 10h da manhã e segue até as 22h, nos dois dias de evento.

Artistas solos, grupos e coletivos pretos ou afroindígenas se dividem em 20 apresentações, todas gratuitas nos dois dias de Festival. Entre as atrações está o Ruffneck Sound System, que fará uma edição especial para a Virada. No local haverá ainda uma feira Afro Literária, com autoras, autores, mestras, mestres e artistas de Campinas e região metropolitana. Além disso, 30 expositores vão compor a feira de Economia Afro Criativa, também na Estação Cultura.

Para não precisar sair da Estação e aproveitar toda a programação, uma praça de alimentação afro referenciada estará montada durante os dois dias de evento.

No sábado, 02, de manhã, em parceria com o projeto Rotas Afro, será feito um roteiro afro turístico pelos corredores culturais pretos da cidade. Trata-se de um roteiro pelos principais espaços de memória sobre a história do povo negro no centro da cidade.

“O Festival se consolida como uma grande mostra da produção cultural afro-referenciada do interior do Estado de São Paulo, que promove a cultura afro diaspórica de São Paulo e discute as relações étnico raciais no interior do Estado.” – Jonatas Akin.

Vale lembrar que o local tem acessibilidade arquitetônica parcial. A 3ª Virada Afro Cultural de Campinas é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas.

Como contrapartida social, entre os dias 28 de outubro e 01 de novembro, o projeto vai promover um curso de produção cultural gratuito e vai usar o próprio festival como campo de estágio. Além disso, também foi lançada mais uma edição do Afro Manifesto, ação realizada em todas as edições do evento, contribuindo para o Plano Municipal pela Igualdade Racial de Campinas.

AfroManifesto

A Carta de Compromisso pela Equidade Racial inspirada em seu AfroManifesto e no Plano Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, elaborado pelo Centro de Referência em Direitos Humanos na prevenção e combate ao racismo e intolerância religiosa, visa mostrar o projeto de equidade racial o Festival apoia. Lançado em setembro, antes das eleições, o AfroManifesto conta com a parceria da organização Minha Campinas e em seu lançamento, buscou o apoio de eleitores e eleitoras para instigar seus candidatos e candidatas a assumirem um compromisso, antes das eleições municipais se consolidarem. Seguimos com ele até o final do projeto e, agora, o objetivo é alcançar o máximo de assinaturas para entregar ao prefeito eleito e cobrar que as 15 diretrizes sejam aplicadas na cidade de Campinas.

Virada Afro Cultural de Campinas

Com realização anual, a Virada Afro Cultural que acontece sempre no mês de novembro já realizou duas edições do Festival e soma em seu portfólio importantes feitos na cidade de Campinas. Desde a primeira edição, a construção do Festival busca exibir toda a beleza odara da produção afro-brasileira do interior de São Paulo, levando em pauta debates e reflexões sobre as relações étnico-raciais por meio da cultura. A Virada Afro Cultural é sobre mostrar a força do povo preto, é sobre enaltecer nossos corredores culturais, pretos, espalhados por todo o interior de São Paulo, é sobre nossa resiliência, sobre ginga, sobre movimento. É sobre Asè.

A Virada Afro Cultural também é sobre o enfrentamento ao racismo estrutural, ao epistemicídio dos saberes afro-referenciados. A Virada Afro Cultural é sobre agbara (potência em iorubá).

Confira abaixo quem estará na 3ª Virada Afro Cultural de Campinas

Afroguetto

Grupo musical de arte e cultura negra. “Visto preto por dentro e por fora, temos conhecimento, palavras e pólvora. Traficando ancestralidade, ser preto é nossa maior verdade.”

BaB

Por vir de um ambiente familiar conturbado quanto a relacionamentos amorosos, BaB usa suas rimas afiadas e em tons de deboche para empoderar mulheres e denunciar nossa sociedade machista.

Bandida Fina

Mulher preta independente de quebrada, que canta suas vivências em músicas autorais.

Bela Aguiar | BLAGR

Artista visual independente. “Ressignificando com criatividade, o que gosto de chamar de arte.”

Bia Lourenço

O Conselheiro do Reinado – 100 Anos de Batatinha, show em homenagem ao grande sambista baiano, Oscar da Penha, que celebra seu centenário em 2024.

Everaldo Luiz

Artista autodidata, iniciou sua jornada em 1998, imerso no movimento Hip Hop, pintando nas ruas de Bauru, interior de São Paulo. “Manifesto minha negritude retratando nosso povo como arte política, despertando a consciência, autoestima, empoderamento e luta através da arte.”

Giô Art e Music

Artista multifacetada independente de Campinas. Compositora, musicista, intérprete, cantora, MC e trancista, Giô tem uma carreira rica e diversificada que reflete sua paixão e dedicação à arte e à cultura.

Grupo Oriki

Nascido em 2018, esse grupo de Teatro Negro já se apresentou em escolas, Teatros, espaços de Resistência Negra e Cultural, além de Festivais na cidade de Campinas e região.

Helen Araújo

Ela é pura poesia, com cabelo afro como um girassol e sorriso que convida. Através de sua escrita, você descobrirá a arte de ser poesia em todos os ciclos de sua vida.

Ilcéi Mirian

Cantora, cavaquinista, produtora da Feira Afro Mix, pesquisadora do Samba e realiza shows temáticos contando a História e cantando a Obra de diversos(as) artistas.

Internacional Casa de Babilônia

Fundada em 2021 pela Mother Majestade Babilônia, a Internacional Real Casa de Babilônia compõe a cultura periférica e também Ballroom, trazendo consigo a essência mais pura da comunidade LGBT+, preta e favelada através da música.

Jovem Urso

Luan racine, mais conhecido como Urso ou Jovem Urso é um multi-artista independente da cidade de Campinas. “Tenho uma missão com as artes e sinto que estou começando a cumprir esse propósito.”

Mentores

O grupo Mentores representa o rap de Campinas e projeta as produções da quebrada para todo o Brasil. O grupo é formado por CareK ALX e Lê MC e Erikao foi fundado em janeiro de 2016.

Naná Cosme 

Professora de História, brincante das manifestações populares afro-brasileiras, cantora e atriz.

ODARA

Cantora e compositora, tem dedicado sua trajetória artística à celebração da Música Brasileira. Com um repertório baseado nas raízes da nossa música, a artista apresenta seu show mais, no qual ela se propõe a unir conhecimento afrocentrado ao swing dos ritmos brasileiros.

Realidade Criminal

Formado em 1997 por Wagner Paiva na zona Sul de Campinas, tem pelo menos 15 álbuns lançados até hoje.

Sombras Reluzentes

Tendo seu som influenciado por artistas de todo o mundo — desde ritmos brasileiros até o rock japonês –, Joel Felipe traz em sua música, com o projeto Sombras Reluzentes, uma poética que visa associar a palavra ao seu som instrumental, cujas referências são múltiplas e com fortes traços do metal moderno.

Sol Carlota

Mulher trans, atriz, compositora e poetisa, trabalha com produção cultural e atua nas artes cênicas há 16 anos.

Sophi

Artista veterana da 019, cantora e compositora presente no R&b, Sophi compõe a cena com música e poesia.

Vivi de Paula e Dree Okay – Poesias Plurais

O “Poesias Plurais: Como o afeto te afeta?” traz uma fusão de MPB, hip hop e neo soul com voz e violão, e poesia falada. As composições de Vivi de Paula e Dree Okay falam sobre a realidade do homem e da mulher negra periférica no Brasil.