MOGI GUAÇU PARABENS PELOS 143 ANOS
Mogi Guaçu completa hoje 143 anos, cortada pelo rio que originou seu nome, a cidade nasceu em 1662, juntamente com a chegada de bandeirantes desbravadores à região. Eles estavam em busca de ouro, e à época, às margens do rio foi formado um vilarejo que servia de pousada para tropeiros e desbravadores.
O seu desenvolvimento econômico, no entanto, só começou com a produção de café e após a instalação do ramal ferroviário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, em 1875. Em 9 de abril de 1877 a então conhecida Freguesia de Conceição do Campo tornou-se Mogi Guaçu, que passou a ser Comarca quase um século depois.
Com a abolição da escravatura, deu-se início à fase industrial através de imigrantes italianos que instalaram as primeiras cerâmicas na cidade. O pioneiro foi o Padre José Armani, com sua fábrica de telhas.
Foi com o setor industrial que a cidade cresceu, firmou sua economia e progrediu até o que se revela hoje. Com perfil diversificado, abrigando empresas do ramo de papel e celulose, de alimentação, de metalurgia e de cosméticos entre outras, Mogi Guaçu também se destaca, atualmente, pela produção agrícola da laranja e do tomate.
Comércio
O comércio de Mogi Guaçu é independente e um polo comercial e fluente da região da Baixada Mogiana são mais de 7 mil lojas de comércio e serviços, contando com diversas redes de franquias nacionais e internacionais e várias redes de varejistas concentrada na região central da cidade. Na cidade há um shopping center na região central, o Buriti Shopping (Mogi Guaçu),[24] que foi inaugurado dia 22 de Novembro de 2012. Na década de 1970, o comércio de Mogi Guaçu foi se desenvolvendo com o crescimento populacional, por conta das novas indústrias e investimentos, que fez da cidade ser independente até hoje. Outro crescimento foi no segmento noturno que se desenvolve na cidade os barzinhos, lanchonetes, choperias e outros, trazendo mais lazer e happy hour local. Mogi Guaçu possui diversas lojas e franquias.
Indústrias
Por volta do ano 1908, iniciou-se a produção de cerâmicas e telhas no município. A pioneira foi a Cerâmica Martini. Com o passar da primeira metade do século XX, surgiram empresas ceramistas como: Cerâmica São José, Cerâmica Mogi Guaçu, Cerâmica Gerbi e Indústria Chiarelli. No ano de 1957, Mogi Guaçu ganhou título de “capital da cerâmica”. Em todo o Brasil, o nome da cidade lembrava tijolos de qualidade, telhas tubos, manilhas e pisos. Era o auge da atividade ceramista na região, no momento em que as velhas olarias adiantavam-se na mecanização e assumiam perfil industrial. Na década de 1960 surgiu a Indústria de Papel Celulose Champion (a atual International Paper), que fez com que a cidade tivesse um aumento populacional bem significativo, ultrapassando a cidade de Mogi Mirim tanto populacionalmente como economicamente. Na década de 1980, a recessão na construção civil no Brasil causou dificuldades para o segmento ceramista guaçuano. Hoje, sobraram apenas a Lanzi e Eliane no segmento cerâmico.
Mogi Guaçu, hoje, tem indústrias de diversas modalidades, contando com 5 parques industriais, próximos à Rodovia SP-340 e à SP-342. Há diversas pequenas e médias empresas, que empregam milhares de pessoas da região. Em 2000 o produto interno bruto das indústrias de Mogi Guaçu era de 370 milhões de reais, e em 2010 de 802 milhões de reais: um crescimento de 207 por cento em 10 anos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As maiores empresas instaladas na cidade são: Mahle, International Paper,[25] Ingredion– Unilever,Sandvik e diversas outras.
Agricultura
Com a ocupação, a vegetação original composta quase que na totalidade por mata atlântica e com algumas manchas de cerrado ao norte e nordeste do município, foi sendo derrubada para a instalação de engenhos e a plantação de cana-de-açúcar, uma vez que a então Província de São Paulo passava por um novo ciclo da cana. Em 1830 a cultura canavieira tomou vulto: nos arredores de Mogi Guaçu, havia 20 engenhos, e também as primeiras plantações de café na região começaram nessa época. Em 1854, houve grande expansão da cultura cafeeira, devastando florestas e pastos de gados. O ciclo do café trouxe muita riqueza tanto para Mogi Guaçu quanto para todo o resto do estado de São Paulo. Em 1918, no entanto, ocorreu a quase total destruição da cultura cafeeira local, quando os cafezais ficaram totalmente brancos por causa de forte geada, quando as temperaturas chegaram a -4 graus Celsius em junho. A cultura recuperou-se até que ocorreu a crise de 1929. Na década de 1930, quase acabaram as plantações de café por conta de muita geadas e frio e do baixo valor do saco de café decorrente da crise de 1929. Só algumas permaneceram até hoje, na região de Nova Louzã.
O tomate veio na década de 1970, tendo sido escolhido o local por causa proximidade dos grandes centros urbanos e por causa do clima ideal para o tomate. Teve seu auge nos anos 1980 e 1990, quando Mogi Guaçu se tornou, por várias vezes, líder na produção de tomate no Brasil para exportação e para as indústrias. Com o aumento da população mudando para o centro urbano de Mogi Guaçu, muitas pessoas vieram de outras regiões, principalmente de norte de Minas Gerais e do nordeste brasileiro, para trabalhar no cultivo do tomate. Mas, com o passar dos anos, a produção no município foi diminuindo: alguns dos fatores foram as terras sobrecarregadas, pragas, doenças e o crescimento de outras culturas mais rentáveis e mais lucrativas. Hoje, a agricultura e a pecuária de Mogi Guaçu é moderna e diversificada, com plantações de cana-de-açúcar, laranja, tomate, limão, milho, tangerina e diversas outras. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2000 o seu produto interno bruto agrícola era de 35 milhões de reais; em 2010, passou para 210 milhões de reais, num crescimento de 602 por cento. O município se tornou, então, o 4º mais rico em produção agrícola do estado de São Paulo.