SUA MENTE TE DOMINA OU VOCÊ DOMINA SUA MENTE?

Que a nossa mente é muito poderosa, provavelmente você já sabe. Mas responda pra você mesmo: é ela que te domina ou é você quem domina a sua mente? Você tem gostado da maneira como tem agido, pensado e se relacionado? Você pode dizer que tem controle sobre seus sentimentos e emoções?

Quando falamos em autocontrole aí o bicho pega, não é? Muitas vezes nos deparamos com situações que nos fazem agir sem pensar, perdemos a paciência, respondemos de forma que não deveríamos e pioramos ainda mais o clima, tomamos uma atitude impensada ou cedemos a um vício, uma fraqueza, e depois nos arrependemos. Quando fazemos isso, é prova de que não estamos sabendo lidar com as nossas emoções e as sensações que elas desencadeiam. Os resultados são desentendimentos, frustrações, situações de estresse, culpa, vergonha e até rompimento de relações que poderiam ter sido evitados.

Mas por que isso acontece, você sabe? Bem, não tem uma forma singela de dizer isso, mas a verdade é que, quando agimos sem pensar, deixamos aflorar o bicho irracional que existe em nós. Ignoramos totalmente a parte mais elaborada do nosso cérebro, responsável pelo raciocínio inteligente e pela tomada de decisões. Nesses momentos quem toma o controle é a parte mais primitiva do nosso cérebro, também conhecida como cérebro reptiliano, que nos faz revisitar nossos antepassados nos tempos da caverna quando, tão assustados, agressivos e por puro instinto de sobrevivência, só sabiam reagir ao invés de agir.

Eis aqui a grande diferença entre agir e reagir. Quando agimos, estamos conscientes. Temos clareza e conseguimos discernir com calma e inteligência. Já quando reagimos, estamos inconscientes. Nessa hora usamos apenas nossos instintos irracionais, que por sua vez, são desencadeados por emoções profundas que trazemos desde que nascemos, ou antes disso, ainda na gestação. São as experiências que temos, o que ouvimos, presenciamos e os sentimentos que mais nos marcaram. São eles que registram as informações no nosso inconsciente, acionam gatilhos e “acendem o pavio” nos fazendo, por exemplo, estourar com alguém. Alguns explorem mesmo, gritam, ofendem, magoam, machucam ou matam. Outros implodem, se fecham, guardam, sufocam, se ferem, sentem culpa, se menosprezam, se deprimem… e em ambos os casos, o sofrimento é grande demais.

Mas você deve estar se perguntando: como é possível deixar de ser irracional, agir com mais controle emocional? Primeiro quero dizer aos que acreditam que “pau que nasce torto, morre torto”, que a transformação mental é possível sim! Nada nesse mundo é fixo e imutável, muito menos a nossa mente, ela está em constante transformação. A neurociência já provou que é possível mudar o nosso cérebro, formando novas conexões neurais por meio de um fenômeno conhecido como Neuroplasticidade. Ou seja, se você sente que é dominado pela sua mente, boa notícia: você pode virar esse jogo e passar a encarar a vida sob um novo olhar. Porém, é preciso esforço e determinação. Tenha estratégia, entenda como sua mente funciona e seja forte porque ela fará tudo para vencer a sua decisão de querer mudar. Vale lembrar que a nossa mente não reage bem a novas atitudes porque ela tem a necessidade básica de nos proteger. Logo, diante de qualquer novo hábito, ela interpreta como um risco, como se pisássemos num terreno não conhecido. Nosso cérebro também foi desenvolvido para poupar energia e faz isso nos deixando no “piloto automático”. Por isso nos pegamos sempre fazendo as mesmas coisas (e errando nos mesmos pontos, inclusive). Daí a necessidade de insistirmos mais, quando decidimos mudar de fato algo que já virou um costume no nosso jeito de ser.

Além da insistência e força de vontade, vamos a alguns pensamentos e atitudes práticas que nos ajudam a ser mais racionais e tomar as rédeas das nossas emoções:

– Amanheça agradecendo. Cada dia é uma nova oportunidade de fazer diferente;

– Crie o hábito de meditar. Relaxe, respire pelo nariz e solte pela boca, enchendo o diafragma, para oxigenar melhor as células;

– Ao deitar faça uma pausa, reflita sobre o que incomoda na sua maneira de ser e tente observar as causas;

– Ao tentar encontrar as causas, fuja da tentação de achar culpados. Jogar a culpa em alguém ou numa situação é uma armadilha do cérebro para aliviar “a nossa barra”;

– Evite lugares e pessoas que desencadeiam as atitudes que você deseja mudar;

– Viva o presente, foque nos detalhes bons e pare de gastar energia tentando entender muito os “porquês”;

– Entenda que as pessoas têm comportamentos diferentes dos seus.  Cada um enxergar o mundo conforme suas crenças, costumes, traumas ou limitações. Portanto nem sempre a questão é com você. Relaxe e não absorva tudo;

– Tenha consciência de que é um passo por vez. Já é uma vitória reconhecer a necessidade do domínio próprio. Então orgulhe-se de suas mudanças aos poucos;

Lembre-se que nem tudo é perfeito ou está no nosso controle, mas podemos decidir enfrentar nossos desafios estando no comando da nossa mente e das nossas emoções.

Adriana Cruz

Terapeuta, Jornalista e Palestrante

– Especialista em:

– Transtornos Emocionais, pelo método TRG;

– Leitura Corporal;

– Técnicas de Neurociência

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