Medicamentos fornecidos por Estado e União estão em falta
Doze dos medicamentos que são fornecidos pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde para a Farmácia de Alto Custo de Mogi Guaçu estão em falta e não há previsão de quando serão entregues.
Os medicamentos são Alfadornase 2,5mg, Codeina 30mg, Desmopressina 0,1mg/ml, Genfibrozila 900mg, Gosserrelina 10,8mg, Lamotrigina 50mg, Risedronato de Sódio 35mg, Topiramato 50mg e Travoprosta (colírio).
O Risedronato de Sódio, para tratamento de osteoporose, não é entregue desde o mês de março, e Desmopressina 50mg e Travoprosta estão em falta pelo segundo mês consecutivo.
Esses produtos devem continuar faltando em julho, assim como os leites Aptamyl Soy, Neocate e Pregomim, que são indicados para crianças de até dois anos de idade com intolerância à lactose.
O Município de Mogi Guaçu não é o único a sofrer com a deficiência da distribuição dos medicamentos pela União e pelo Estado, que são responsáveis pelo abastecimento das farmácias de alto custo. O problema está ocorrendo em outras cidades também.
Em audiência pública de prestação de contas referente ao primeiro quadrimestre de 2018, nesta quinta-feira, dia 28, a secretária de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida Carvalho, abordou a questão do desabastecimento da Farmácia de Alto Custo.
Segundo esclareceu, o problema vem ocorrendo já há cerca de quatro anos e a justificativa do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde é de que as licitações para compra dos medicamentos têm restado “desertas”.
A expressão significa que nenhuma empresa apresentou proposta nas licitações abertas para aquisição dos produtos. Em outros casos, a explicação é de que os sais para produção de determinados medicamentos estão em falta no mercado.
A Prefeitura não tem como solucionar o problema, mas é cobrada pela população por desconhecimento de como funciona todo o processo, uma vez que a entrega gratuita é efetuada pela Farmácia de Alto Custo, que é vinculada à Secretaria de Saúde.
A Prefeitura nem mesmo é obrigada a buscar os medicamentos de alto custo em São João da Boa Vista, sede da DRS (Diretoria Regional de Saúde), mas cuida disso para os beneficiários de Mogi Guaçu para que não tenham de se deslocar até lá.
OUTROS
O Almoxarifado da Secretaria de Saúde do Município anota que oito medicamentos fornecidos pelo Governo do Estado através da FURP (Fundação do Remédio Popular) não foram enviados no primeiro semestre deste ano.
São medicamentos para distribuição à Rede de Atenção Básica, que é constituída pelas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) e USF’s (Unidades de Saúde da Família).
Os itens que ainda não foram enviados para Mogi Guaçu são o contraceptivo Acetato de Medroxiprogesterona frasco/ampola, o antidepressivo Amitripilina 25mg, o ansiolítico Diazepan 10mg, o antidiabético Metformina 850mg, o antianêmico Sulfato Ferroso 40mg e os antibióticos Benzilpenicilina Procaína + Potássica 400.000 u.i. e Nitrofurantoína 100mg.