Abril azul-claro: Quando a dificuldade em engolir pode ser alerta grave

Laís Feres é oncologista clínica do Grupo SOnHe

Câncer de esôfago é o oitavo mais frequente em todo o mundo e está diretamente relacionado ao consumo de álcool e ao estilo de vida moderno

Obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e uma dieta pouco balanceada são fatores de risco para uma série de doenças, inclusive para o câncer. O apelo já existe há algum tempo e vem sendo reforçado para que a população entenda a necessidade da mudança do estilo de vida. A cada mês, uma cor diferente de laço alerta para os cuidados com a saúde e em abril, a cor azul-claro indica que é preciso cuidar do esôfago, já que o câncer nesse órgão é o oitavo mais incidente em todo o mundo. No Brasil, ele é o sexto entre os homens e do 15º entre as mulheres.

A dificuldade em engolir é um dos sintomas frequentes do câncer de esôfago e é identificado quando o tumor já está em estado avançado. De maneira geral, a perda de peso repentina, a dor no peito e episódios de vômito precisam ser investigados. Rafael Luís do Carmo, oncologista clínico do Grupo SOnHe, explica que embora não haja um exame específico de rastreio para esse tipo de câncer, os sintomas podem alertar para a necessidade de uma endoscopia. “A endoscopia digestiva alta com biópsia pode ajudar a identificar a causa dos desconfortos persistentes relatados pelos pacientes”, recomenda Rafael.

O consumo de bebidas muito quentes, o uso de álcool e o tabagismo são fatores de risco para o surgimento do câncer de esôfago tipo carcinoma, responsável por 25% dos casos. Já o adenocarcinoma, está relacionado à obesidade, dieta com poucos vegetais e ao refluxo. “Esse segundo tipo vem aumentando bastante e é um alerta para que as pessoas repensem o estilo de vida”, explica Laís Feres, oncologista clínica do Grupo SOnHe. No Brasil, por exemplo, são registradas oito mil mortes por ano em função do câncer de esôfago e 80% dos pacientes são homens.

A prevenção do câncer de esôfago está diretamente relacionada ao estilo de vida saudável, evitando o consumo de álcool e cigarro, além do consumo excessivo de bebidas quentes, como café e chimarrão. Manter uma rotina de exercícios físicos e eliminar o sobrepeso também são medidas necessárias. “Não podemos desconsiderar o refluxo gastroesofágico. O paciente que for diagnosticado com ele precisa fazer o tratamento adequado, para evitar o desenvolvimento de um tumor”, reforçam os oncologistas do Grupo SOnHe. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento de qualquer tipo de tumor. No caso do câncer de esôfago, a combinação de radio e quimioterapia e cirurgia tem apresentado sucesso no s tratamentos, assim como a imunoterapia.

 

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar em importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, como o Hospital Santa Tereza, Oncologia Vera Cruz e Hospital PUC-Campinas.  O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 15 especialistas sendo três deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini, Laís Feres e Nayara Nardini e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.

Rafael Luís do Carmo é oncologista clínico do Grupo SOnHe