APTA desenvolve pesquisas com a cultura da pitaya

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), realiza pesquisas com pitaya nas condições de clima e solo do Oeste Paulista. As pesquisas estão sendo conduzidas no Polo Regional da Alta Sorocabana da APTA, localizado em Presidente Prudente. Cerca de 25 produtores da região já utilizam as tecnologias desenvolvidas pela Agência.

O cultivo de frutas é uma atividade importante para a agricultura familiar. Estudos de nutrição e adubação, polinização e indução do florescimento têm sido realizados pela Apta com o intuito de aumentar a produtividade da cultura na região. A pitaya é considerada uma fruta exótica e pode ser cultivada em todo o Estado de São Paulo. Seu consumo tem crescido, assim como sua produção, feita de dezembro a maio.

“Os produtores mais antigos são técnicos com bom conhecimento em várias culturas, mas os conhecimentos adquiridos estão sendo repassados a outros produtores e, desde o ano passado, estamos capacitando um grupo nos assentamentos para produção de pitaya”, afirmou Nobuyoshi Narita, pesquisador da APTA.

As pesquisas realizadas pela Agência iniciaram-se em 2007, com apoio da Associação de Produtores, Fruticultores Associados do Oeste Paulista (Faop), de Presidente Prudente, e da Associação Viver e Aprender do Bom Pastor, localizada em Sandovalina. As pesquisas visam dar suporte aos produtores para evolução da atividade, pois são poucos os estudos com a cultura no Brasil. A região Oeste paulista tem, aproximadamente, 30 produtores. Alguns com áreas contendo 1000 plantas e outras em fase de implantação.

Cerca de 25 produtores já utilizam as tecnologias desenvolvidas pela APTA. Os pesquisadores têm transferido conhecimento em condução em espaldeira, plantio de mudas grandes, poda durante o inverno, aplicação foliar de nutrientes, utilização de sombreamento, indução de florescimento e polinização manual.

“Em resultados de pesquisas recentes chegamos à conclusão que para a variedade cultivada regionalmente, a polinização manual melhora o número e o peso dos frutos e, consequentemente, a produtividade. Desta forma, todos os produtores incorporaram esta atividade no sistema de produção”, explicou Narita.

A maior parte da produção regional é comercializada na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O restante é vendido regionalmente nos mercados e feiras livres. Recentemente, a fruta está sendo implantada na merenda escolar, atendendo aos programas institucionais de aquisição de alimentos.

Em 28 de julho de 2015, os pesquisadores da APTA realizaram o Dia de Campo da Cultura da Pitaya, em Sandovalia, interior paulista, para capacitar os produtores na implantação do campo, manejo e comercialização da fruta. Foi realizada também uma atividade prática envolvendo produtores da região.

 

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