Bombeiros Civis recebem sopradores para apagar incêndio provocado por queimadas

A baixa umidade do ar, causada pela longa estiagem, pois não chove há quase dois meses, aliado ao péssimo hábito que algumas pessoas têm de queimar lixo e outros resíduos, além de limpar terrenos colocando fogo no mato, vem complicando o trabalho dos Bombeiros Civis de Jaguariúna.

Para dar conta da demanda, a pedido da corporação a Prefeitura acaba de adquirir dois “Sopradores costais BR 600”, equipamento bastante útil na tarefa de debelar focos de pequenos e médios incêndios, segundo o coordenador dos Bombeiros Civis do município, Paulo Henrique Da Vinha, mais conhecido como Da Vinha, que atua há 10 anos na função.

“Esse equipamento nos ajuda bastante, pois a média de chamadas, nos últimos dois meses – junho e julho – saltou de duas para 15 a cada plantão de 12 horas”, revela o coordenador. O aumento expressivo de sete vezes mais queimadas que o de costume, faz com que os bombeiros civis utilizem os dois sopradores diariamente, aumentando sobremaneira a eficiência do serviço.

Eficiência

O soprador, conforme Da Vinha, já é utilizado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo e por algumas Defesas Civis em cidades da região. Os dois equipamentos são movidos a gasolina e custaram R$ 4.338,00 aos cofres públicos. O mecanismo que apaga as chamas é a força do vento produzido, que abafa o fogo cortando o contato das chamas com o oxigênio ao redor.

A “prova de fogo” no uso de um soprador pela primeira vez foi no último dia 2 de agosto, quando os bombeiros foram acionados para apagar um princípio de incêndio no mato do barranco ao lado da escadaria próxima à ponte da Maria Fumaça. “Apagamos as chamas em 15 minutos, quando levaríamos pelo menos uma hora para isso, se usássemos abafadores”, explica Da Vinha, que reforça a necessidade de contar com a população no combate às queimadas.

“Não faz sentido limpar um terreno ou queimar lixo, restos de galho ou outro material qualquer perto da vegetação. Com essa estiagem (seca) uma fagulha pode iniciar um incêndio de grandes proporções. Normalmente, salvo raras exceções, queimadas começam com alguém colocando fogo em alguma coisa e perdendo o controle da situação. Então, se cada morador colaborar quanto a isso, pois queimada é crime ambiental, poderemos chegar à estação das chuvas sem maiores problemas”, aconselha o coordenador do Bombeiros Civis de Jaguariúna.

O que diz a lei sobre Queimadas

O artigo 250 do Código Penal estabelece, para quem provocar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outras pessoas, possibilidade de reclusão de três a seis anos, e multa.

Matéria: ASCOM

 

Comentários