Cinto de segurança é pouco usado no banco de trás

Os usuários das rodovias paulistas sob concessão ainda resistem a utilizar o cinto de segurança, principalmente passageiros que ocupam os bancos traseiros. Pesquisa realizada pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) em dezembro mostra que 53% dos passageiros no banco traseiro não utilizam esse dispositivo de segurança que salva vidas. O levantamento, feito nos 6,4 mil quilômetros (45 rodovias) do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, revela ainda que 15% dos passageiros no banco da frente também não usam o cinto e 13% dos motoristas trafegam sem o equipamento.

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Quando considerados apenas os caminhões, o percentual de passageiros do banco dianteiro sem cinto aumenta para 34%. Entre os motoristas de caminhão o uso do cinto foi de apenas 76% contra 91% dos motoristas de veículos de passeio. De uma forma geral, observa-se que tanto os condutores quanto os passageiros de caminhão são mais relapsos no uso do cinto que usuários de automóveis e veículos utilitários.

O levantamento foi realizado entre os dias 1 e 7 de dezembro, nos períodos da manhã, tarde e noite. Foram contabilizados dados de ocupantes de automóveis e caminhões que passavam pelas praças de pedágio, num total de 19.037 veículos pesquisados.

Dados sobre a quantidade de vítimas de acidentes nas rodovias sob concessão que não usavam cinto de segurança apontam para a necessidade de constantes campanhas de conscientização dos motoristas e passageiros. De 2012 até outubro de 2014, 69,4% dos passageiros de bancos traseiros que morreram em acidentes nas rodovias estavam sem cinto de segurança. As vítimas fatais no banco da frente de passageiro sem cinto chegam a 38,4% e 50,1% dos motoristas. A região do Estado com maior índice de passageiros sem cinto no banco traseiro é Barretos, com 62% de ocorrências, seguido da região de Presidente Prudente e Santos que aparecem empatadas com 60%. Abaixo, o mapa que aponta o percentual de passageiros do banco traseiro observados sem cinto de segurança na malha rodoviária sob concessão do Estado:

CAMPANHA
Para ressaltar a importância do cinto de segurança pelos motoristas e passageiros, inclusive no banco traseiro, a ARTESP iniciou uma campanha publicitária mostrando as desculpas dos usuários para não utilizar o cinto de segurança no banco de trás. A campanha está sendo veiculada na televisão, nas rádios e na internet, além de contar com ações como distribuição de panfletos e colocação de faixas nas rodovias. As ações se estenderão até o mês de junho. Também como parte do programa será instalado um simulador de impacto na Arena Tribuna, em Santos. O equipamento, que poderá ser utilizado pelos turistas que visitarem o local entre os dias 10 de janeiro e 1º de fevereiro, simula uma batida de carro.

O filme da campanha publicitária destaca que o motorista tem várias desculpas para não usar o cinto de segurança no banco de trás como “a gente vai só até a cidade aqui do lado” ou a ideia equivocada de que “qualquer coisa o banco da frente protege”. Mas também alerta para uma importante razão para usar o cinto: “sua vida e a vida de quem você ama”. A campanha, que será veiculada em todo o Estado nos intervalos comerciais de emissoras de televisão e em spots de rádio, termina com a mensagem: “Usar o cinto de segurança no banco de trás é obrigatório por le i e pode salvar sua vida”. Veja o vídeo da campanha no link http://youtu.be/xQ5q5oCyvAc.

A campanha também está sendo veiculado no aplicativo de trânsito “Waze”. Além disso, foram instaladas 94 faixas nas rodovias chamando atenção para o uso do cinto e estão sendo distribuídos mais de um milhão de folders nas praças de pedágio. Os painéis eletrônicos de mensagem instalados nas rodovias também estão reforçando a adoção do hábito de usar o cinto.

Importante lembrar que a não utilização do cinto de segurança é considerada infração grave pelo Código de Trânsito Brasileiro (artigo 65), e rende multa de R$ 127,69 por passageiro sem cinto, além de cinco pontos na carteira de habilitação. As autuações para quem não usa o dispositivo, feitas pela Polícia Militar Rodoviária em São Paulo, vem crescendo. Em 2012 (de abril a dezembro) foram lavradas 99.520 multas. Nos ano de 2013 as multas subiram para 125.072. E de janeiro a outubro de 2014 esse número já chegou a 179.916 autuações.

 

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