Com a volta do consumidor, bares e restaurantes criam mais de 1 milhão de empregos nos últimos 12 meses

Setor de alimentação foi o que mais contribuiu para geração de vagas no país, segundo a PNAD Contínua

Campinas, 02 de junho de 2022 – O IBGE divulgou na última terça-feira (31) os números do emprego do país, medidos pela PNAD Contínua. E a boa notícia é que a queda na taxa de desocupação para 10,5%, menor índice para o trimestre desde 2015, teve contribuição decisiva do setor de bares e restaurantes. O aumento do emprego em alojamento e alimentação (subsetor no qual os estabelecimentos de alimentação fora do lar representam em torno de 90%, segundo a Abrasel) foi de 29,2% em relação ao primeiro trimestre de 2021, com a criação de 1,2 milhão de novas vagas no período.

 

“Apesar de ter sido um dos principais prejudicados pela pandemia, o setor vem respondendo com uma retomada consistente, criando empregos e ajudando a movimentar a economia”, comenta afirma Matheus Mason, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas, com atuação em mais de 50 municípios no Interior do Estado de São Paulo. “O setor de bares e restaurantes é bastante resiliente, com taxas de abertura e investimentos altas, exigindo mão de obra em larga escala quando o público retoma aos estabelecimentos”, acrescenta.

 

“Para que este processo continue, é importante manter os avanços da reforma trabalhista e aprofundar a simplificação do empreender no país”, alerta o presidente da Regional Campinas.

 

Os números da PNAD contínua também mostram que, no geral, a renda média real no Brasil teve queda de 7,9% no período de um ano. “As empresas não estão conseguindo repassar os aumentos de custos em função da inflação, isso também se reflete nos salários. Apesar da volta do faturamento, 28% dos estabelecimentos do nosso setor trabalharam no prejuízo em abril. A situação ainda inspira cuidados e o setor não recebeu ajuda direta, como aconteceu na maioria dos países. Precisamos de ações que nos ajudem a superar as dificuldades acumuladas durante o período de restrições”, completa Paulo Solmucci, presidente da Abrasel nacional.

 

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