Com avanço da vacinação, Covid-19 deixa de ser a principal causa de morte em SP
No pico da 2ª onda da pandemia, coronavírus chegou a provocar três vezes mais óbitos que doenças cardíacas e quatro das mortes por câncer
O Governador João Doria informou, nesta quarta-feira (15), em Brasília, que a Covid-19 deixou de ser a principal doença causadora de mortes no estado de São Paulo. Os óbitos por infecção do coronavírus já são menores do que os indicadores das doenças do aparelho circulatório e de todos os tipos de câncer somados. Os dados são fruto de análise inédita da Secretaria de Estado da Saúde e refletem os resultados do avanço do plano de vacinação do Governo de SP.já
As medidas adotadas pelo Governo de SP para o combate ao coronavírus
Em novembro de 2021, a Covid-19 representou 12% do total de óbitos registrados em todo estado – foram 2.075 vítimas fatais pela doença, entre 16.880 mortes no geral. Assim, o coronavírus passou a provocar menos mortes que as patologias cardíacas e as neoplasias (câncer), que responderam respectivamente por 27,5% e 16,2% do total de óbitos no mês.
No pico da segunda onda da pandemia, o cenário era inverso. Em abril, quando houve recorde de vítimas fatais da Covid-19, com 21.539 óbitos, a proporção da doença entre as mortes em geral era de 46% de um total de 47.193. Naquele mês, o número de mortes por coronavírus foi três vezes maior que o de mortes por doenças do aparelho circulatório (6.875) e quatro vezes superior ao total de vítimas de câncer de todos os tipos (4.552).
Ainda em abril, a Covid-19 provocou 54 vezes mais mortes que os acidentes de trânsito (401) e 94 vezes mais mortes do que os homicídios dolosos (229). Isoladamente, está à frente das doenças infecciosas e parasitárias, também responsáveis por cerca de metade dos óbitos de abril – a Covid-19 matou 41 vezes mais que a tuberculose, por exemplo, que integra esse grupo de doenças.
Vacinação
No mês de agosto, o estado de São Paulo alcançou mais de 95% da população adulta com pelo menos uma dose de vacina contra Covid-19, o que acelerou a queda de casos graves e mortes pela doença. A partir de então, o número de óbitos mensais caiu drástica e sucessivamente; ainda em agosto já era equivalente a 1/3 do registrado em abril, e hoje representa 9% em comparação ao mês de pico da pandemia.
São Paulo estaria em 3º lugar entre as nações que mais vacinaram contra covid-19 no mundo – se fosse um país. Dados do Vacinômetro mostram que o estado tem 78,09% da população vacinada com as duas doses. Em comparação a países com população igual ou superior a 40 milhões de pessoas, SP estaria atrás somente da Coreia do Sul (81,49%) e da Espanha (80,74%).