Economia vai ajudar a manter o fornecimento da água

Durante o período de estiagem do ano passado, Santo Antonio de Posse adotou o racionamento de água para não comprometer o abastecimento, mas o racionamento foi suspenso graças às obras para ampliar o fornecimento de água. “O racionamento foi positivo e evitou que a população ficasse sem água. Este ano a situação hídrica da cidade está mais confortável, apesar das últimas chuvas não recuperarem os mananciais, a construção das represas foi essencial, e o município está com o nível das represas sob controle”, afirma Mario Vitor Zonzini, presidente da SAAEP – Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Santo Antonio de Posse.

Questionado sobre a importância de chuva e se as últimas ajudaram na recuperação das reservas, Zonzini afirma que “estamos com apenas 80% da capacidade de armazenamento, a chuva não representou melhora no armazenamento, mas estamos com a previsão de atravessar o verão sem risco de desabastecimento”, declara.

A mudança de comportamento dos moradores da cidade também foi importante, e o consumo diário caiu de 400 mil litros/hora (média diária) para 266 mil litros/hora. “O racionamento serviu para não deixar faltar água, se não houvesse racionamento nossa água teria esgotado. A população ajudou bastante e diminuiu bastante o desperdício. É com enorme orgulho que nós do SAAEP queremos agradecer e dar os parabéns ao povo possense, do qual faço parte, agradecendo muito porque pela primeira vez – em anos – e apesar de uma dezena ainda insistirem no desperdício lavando calçadas e ruas, carros e quintais, conseguimos, graças à economia deste povo admirável, diminuir o consumo em 34%”, comemora Mário.

Mas para manter a tranquilidade no abastecimento de água e diminuir as chances do município passar por um novo racionamento, o consumo deve continuar consciente.  “Precisamos de economia, previsões indicam que o mês de setembro será sem chuva. Estamos consumindo somente água das represas e parte da população ainda insiste em lavar as calçadas, por isso estamos multando, e no que depender do SAAEP, não será preciso o racionamento de água”, finaliza o presidente.

CHUVA MELHORA CONDIÇÃO
A chuva que atingiu a Região Metropolitana de Campinas (RMC) nesta semana elevou o nível dos rios e deu alívio para os mananciais que abastecem os municípios da região. Os rios Atibaia e Camanducaia, que estavam com restrição na captação de água, mudaram de estado. De acordo com os Comitês das Bacias do rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a vazão do Rio Atibaia no último dia 27 de agosto subiu para 5,84m<MD+>3/s e está sem restrição. Já a vazão do Rio Camanducaia subiu para 1,61m³/s e está em alerta. A restrição determina às indústrias e setor agrícola a redução de 30% na retirada, e às empresas de saneamento, em 20%.

De acordo com resolução da Agência Nacional das Águas (ANA), a restrição acontece no Rio Atibaia quando a vazão atingir 3,5m³/s. O manancial abastece oito cidades da região (Campinas, Itatiba, Valinhos, Morungaba, Americana, Jaguariúna, Nova Odessa, Paulínia e Vinhedo). Já no Rio Camanducaia, onde quatro cidades da RMC captam água (Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antonio de Posse), a captação de água será restrita quando a vazão for inferior a 1,5m³/s.

A bacia do Jaguari, outra que abastece a região, também está em estado de alerta. A vazão atual é de 4,07m³/s, e a resolução da ANA determina restrição com vazão igual ou inferior a 2m³/s. O Rio Jaguari passa por 11 cidades da RMC — Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Jaguariúna, Morungaba, Paulínia, Pedreira e Santo Antônio de Posse.

 

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