Mulheres se destacam na administração pública em Jaguariúna
De acordo com o Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura, o funcionalismo público é composto por 2.335 servidores, sendo 762 homens e 1.573 mulheres
O empoderamento das mulheres em meio a uma sociedade de cunho reconhecidamente machista foi um dos temas mais discutidos nesta sexta-feira, 08, “Dia Internacional da Mulher”, mas poucas são as iniciativas concretas que contribuem para mudar esse cenário. Neste contexto, Jaguariúna é uma cidade que se destaca e chama atenção pelo ineditismo nos avanços alcançados por meio de suas políticas públicas.
A começar pelo número de mulheres que ocupam cargos de comando entre o secretariado da gestão Gustavo Reis. São oito secretárias, sem contar as mulheres que comandam, por exemplo, setores importantes como Departamento de Água e Esgoto (DAE), Recursos Humanos (RH), Defesa Civil e outros departamentos. Além da atuação na segurança pública por meio da Polícia Municipal (ex-GM).
Segundo os Recursos Humanos da Prefeitura, o funcionalismo público é composto 1.573 mulheres. “É sabido e comprovado que as mulheres têm mais sensibilidade e valorizam o cuidar, o acolher em suas diferentes formas. Então, são características que agregam bastante às ações administrativas, pois somos cobrados diariamente e temos que ser proativos o tempo todo. Sob esses e outros aspectos, mulheres são fundamentais na vida pública”, destaca o prefeito.
Iniciativas
Mulheres no comando não chegam a ser uma novidade, mas quando se fala em políticas públicas, Jaguariúna é um município que está à frente de muitos outros, no tocante à valorização e proteção das mulheres. Desde setembro de 2017, por exemplo, funciona na cidade o Setor de Proteção à Mulher, ao lado da Delegacia de Polícia Civil.
Neste órgão é feito o atendimento especial e individualizado para mulheres que são vítimas de qualquer tipo de violência, trabalho executado somente por policiais femininas. Trata-se de um espaço com a discrição necessária para que elas se sintam mais à vontade para exporem seus problemas e serem ouvidas.
Antes, as ocorrências de violência contra a mulher eram atendidas junto com as demais, sem nenhuma distinção. Vale lembrar que a criação do Setor de Proteção à Mulher atende a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de Igualdade de Gênero da Agenda 2020/2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Outra medida de atenção especial às mulheres que vigora em Jaguariúna desde 2017 é a “Patrulha Maria da Penha”, que integra o projeto “Anjo da Guarda da Mulher” (Lei Municipal 2455/2017). Essa lei busca cumprir rigorosamente todas as medidas protetivas determinadas pela justiça em favor de mulheres vítimas de algum tipo de violência física ou psicológica.
Em 8 de março de 2018 uma viatura da antiga Guarda Municipal, atual Polícia Municipal, foi adesivada e identificada oficialmente como Patrulha Maria da Penha, passando a atuar na cidade sob o comando da Policial Municipal Roberta de Azevedo. Sua função básica é garantir a segurança da mulher vítima de qualquer tipo de violência.
Na mesma época, foi inaugurado o primeiro Centro de Atenção à Mulher, popularmente conhecido como “Casa da Mulher”. Ela funciona na rua João Pires Germano, 389 – bairro Mauá, e é um projeto inédito da prefeitura, desenvolvido pela Secretaria de Saúde especialmente para acolher a mulher jaguariunense e atender suas necessidades.
,0A Casa da Mulher é um espaço dedicado à saúde da mulher e possui profissionais especializados em diversas áreas, oferecendo gratuitamente atendimento médico e serviços que apoiem as mulheres em questões físicas, de saúde e psicológicas. Esse cuidado especial da Prefeitura de Jaguariúna para com as mulheres se apoia em dados concretos: segundo o Instituto Maria da Penha, a cada 7 segundos uma mulher é vítima de violência física no Brasil.