Na contramão do País, número de bares e restaurantes operando no prejuízo na região de Campinas cai para 16%
Foto:Matheus Mason, presidente da Abrasel Regional Campinas
Índice recuou 1% em agosto, comparado a julho
Campinas, 16 de outubro de 2023 – Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no período de 28 de setembro e 6 de outubro com empresários do setor, aponta pequena melhora no ambiente de negócios dos bares e restaurantes da região de Campinas. Em agosto, 16% das empresas da área de cobertura da regional Campinas – que abrange mais de 40 municípios do Interior paulista – ficaram no vermelho, um recuo de 1% ante o mês anterior. O resultado mostra que o desempenho da região foi no sentido oposto ao do Brasil, que apresentou um aumento de 5% em relação à última pesquisa.
Ainda segundo o recorte nacional da pesquisa Situação Econômica Alimentação Fora do Lar, as empresas da região que fizeram lucro em agosto foram 52%. Outros 32% ficaram em equilíbrio.
Entre os estabelecimentos que tiveram prejuízo, a queda nas vendas e a redução do número de clientes são apontadas como principais motivos para o mau desempenho. Outros motivos apontados foram: custo com pessoal (27%), eventos climáticos que reduziram fluxo de clientes (27%), custo da energia (20%) custos relacionados à localização, como aluguel, conservação, reformas, dentre outros (13%), e custo com taxas (13%).
Para Matheus Mason, presidente da Abrasel Regional Campinas, um dos fatores que explica a diferença da região para a maioria das cidades brasileiras está no dinamismo da economia regional. “Podemos tomar como base a Região Metropolitana de Campinas (RMC), onde temos a atração de um grande número de viajantes e turistas para participar de eventos e congressos, o que ajuda a oxigenar a economia”.
Já em relação aos estabelecimentos que ainda não conseguiram o equilíbrio e operam no vermelho, ele destaca que “o setor ainda enfrenta grandes desafios, com a queda de clientes em alguns segmentos, gerada pela incerteza da economia, eventos climáticos e aumento das despesas fixas, operacionais e aluguel”.