Prefeitura confirma outras três mortes de moradores por coronavírus

Governo do estado de São Paulo abre 700 leitos para atendimento exclusivo a Covid-19; do total, 266 são de UTI e os demais de enfermaria

 

Leitos criados pelo governo de São Paulo serão destinados para os hospitais estaduais (Foto: Divulgação)

APrefeitura de Paulínia confirmou nesta quarta-feira (26) mais três mortes de moradores da cidade em decorrência da Covid-19. Desde o início da pandemia, o município já registra 316 habitantes que perderam a batalha para o coronavírus.

De acordo com a Prefeitura, a:

  • 314ª morte

Trata-se de uma mulher de 40 anos, com comorbidades. Morreu no último dia 20 de janeiro.

  • 315ª morte

Refere-se a um homem de 85 anos, com comorbidades. Morreu no dia 25 de janeiro.

  • 316ª morte

Trata-se de um homem de 61 anos, com comorbidades. Morreu no dia 22 de janeiro.

A Administração municipal não deu detalhes das mais recentes vítimas fatais da Covid-19 em Paulínia, como quais eram suas comorbidades, se haviam sido vacinadas e se morreram no Hospital Municipal de Paulínia “Vereador Antônio Orlando Navarro”.

Em quatro dias, do dia 20  ao último dia 24, Paulínia confirmou mais 655 pessoas infectadas com a Covid-19. Nos primeiros 24 dias do ano, 2.227 moradores da cidade já se infectaram com a doença. Desde o início da pandemia, são 19.751 casos confirmados de habitantes no município.

O hospital municipal também teve aumento no total de pacientes internados em razão da Covid-19: de 21, no dia 20 passado, para 30, no último dia 24. Dezessete deles ocupavam vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 12 com exames positivos e cinco suspeitos. Outros 13 estavam em leitos clínicos – 12 positivados para a doença e um suspeito.

Com o aumento nas internações por Covid-19, o governo do estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira a criação de mais 700 leitos exclusivos para atendimento de pessoas que estejam com a doença. Do total de leitos disponibilizados, 266 são de UTI e os demais são leitos de enfermaria.

“Neste momento, o foco da ampliação da rede estadual de saúde está nos leitos de enfermaria já que, por conta dos elevados índices de vacinação aqui no estado de São Paulo, nós temos tido um agravamento menor da doença”, disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Os leitos serão destinados para os hospitais estaduais e, segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, tratam-se de leitos remanejados pelos hospitais. De acordo com Eduardo Ribeiro, secretário executivo da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, não faltarão leitos para atender os pacientes com Covid-19.

“Estamos ampliando cerca de 10% a 15% dos leitos de UTIs destinados exclusivamente à Covid-19. E esse é um número significativo porque ainda não atingimos a utilização plena da capacidade e temos capacidade de ampliar ainda mais”, disse Ribeiro.

O aumento na quantidade de leitos ocorre no momento em que o estado enfrenta uma taxa de ocupação de leitos de UTIs de 68,6%, com 3.633 pessoas internadas em estado grave, além de 7.324 pessoas internadas em enfermarias.

Segundo Gorinchteyn, as internações começaram a crescer vertiginosamente desde as primeiras semanas de janeiro: “A análise dos últimos 14 dias mostra aumento de 98% das nossas internações. E nas últimas três semanas ocorreu 152% de aumento”, falou. Apesar do aumento de casos e de internações por Covid-19, o governo de São Paulo não anunciou novas medidas restritivas para conter a alta transmissão do vírus no estado.

“Esse momento da pandemia é distinto do que tivemos anteriormente: primeiro porque a transmissibilidade (da variante Ômicron) é muito mais alta em relação a outras variantes. Por outro lado também temos boa cobertura vacinal”, explicou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

“Essa variante tem essas características: o número de casos sobe como um foguete. Mas vemos em países que estão mais adiantados nesse processo que começa também uma redução, felizmente rápida. O pico dura muito menos do que em outras pandemias”, disse Menezes.

Segundo ele, após atingir o pico, a expectativa é de que a transmissão desacelere. “Nós esperamos que nas próximas semanas a gente atinja o pico e comece a ter um alívio. Já existem sinais de que a velocidade de aumento de internações está desacelerando, o que talvez mostre que já estamos chegando no pico”, disse o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

Menezes lembrou algumas medidas não farmacológicas adotadas como a redução da capacidade de grandes eventos, a exigência de vacinação em eventos, além da suspensão do Carnaval de rua e o adiamento do Carnaval do sambódromo. “Nesse momento o comitê científico não vê necessidade de outras medidas”, concluiu.

A Prefeitura de Paulínia anunciou na terça-feira (25) que vai contratar emergencialmente 71 profissionais de Saúde por causa do aumento da demanda no hospital municipal em função do surto gripal e da pandemia da Covid-19.

 

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