Saúde confirma caso de febre maculosa e reforça ações contra a doença em Joaquim Egídio
Doença tem febre alta como um dos principais sintomas. Diagnóstico e tratamento rápidos podem evitar a morte
Crédito: Eduardo Lopes/Arquivo PMC
Parques de Campinas têm placas de alerta para possibilidade de transmissão de febre maculosa
A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas informa que foi confirmada, nesta segunda-feira, 12 de junho, uma morte por febre maculosa contraída no município. Trata-se de uma dentista de 36 anos, moradora de São Paulo. A mulher esteve em Campinas em 27 de maio, em um evento na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio (região Leste da cidade), local provável de infecção.
O namorado dela, morador de Jundiaí, de 42 anos, também esteve no local na mesma data e morreu com os mesmos sintomas. O material coletado do namorado continua em análise no Instituto Adolfo Lutz. Por isso, a causa da morte dele ainda não foi confirmada.
Uma terceira pessoa, uma mulher de 28 anos, de Hortolândia, frequentou o mesmo evento e também morreu com os sinais da doença. Os exames dela seguem em análise pelo mesmo laboratório de referência.
As três pessoas morreram no dia 8 de junho. Os casos eram suspeitos de febre maculosa, dengue ou leptospirose.
Ações
Imediatamente após ser notificado dos casos, nesta segunda-feira, 12 de junho, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida. O Distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença.
Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, se apresentar sinais e sintomas, informe o médico e facilite o diagnóstico.
Nos próximos dias, técnicos do Devisa farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos (pesquisa acarológica) no espaço.
Na semana passada, a Prefeitura reforçou as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques da cidade.
Alerta
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados.
A diretora do Devisa, Andrea von Zuben, informa que o principal sintoma da doença é a febre alta que pode ser confundida com outras enfermidades. “Por isso é importante que o médico sempre pergunte ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, reforça.