Três pessoas morreram em abril com o vírus da Gripe H1N1 em Mogi Guaçu, confirma laudo
Resultados de exames enviados pelo Instituto Adolfo Lutz de São Paulo à Vigilância Epidemiológica de Mogi Guaçu confirmam que três pacientes que morreram eram soropositivos para gripe A H1N1. As mortes ocorreram no mês de abril. No dia 4 de maio, morreu um paciente de Tambaú, de 61 anos, que foi atendido na Santa Casa, onde também morreu uma paciente de Caconde, de 39 anos, no dia 8.
O paciente de Mogi Guaçu, de 85 anos, que estava internado no Hospital Municipal “Dr. Tabajara Ramos”, faleceu no dia 9.
Segundo o atestado de óbito, seu quadro clínico apresentava septicemia, pneumonia, doença pulmonar obstrutiva crônica. O contágio pelo vírus Influenza A H1N1 foi confirmado no último dia 6 de maio.
As causas atestadas da morte dos pacientes de Tambaú e Caconde não divulgadas porque o acompanhamento epidemiológico deles é feito nas cidades de origem. Embora não se tenha estabelecido que a gripe causada pelo vírus do subtipo AH1N1 seja a causa principal, a doença contribuiu para a piora da saúde desses pacientes.
Desde janeiro deste ano, Mogi Guaçu registra 77 notificações de casos suspeitos de A H1N1, dentre os quais quatro tiveram exames com resultado negativo e sete foram confirmados soropositivos. Ocorreram nove óbitos, incluindo os três pacientes soropositivos e uma mulher de 46 anos com diagnóstico negativo, que era paciente do Hospital São Francisco. Os demais ainda não têm resultados.
Das 77 notificações, 42 são de pacientes de Mogi Guaçu, 10 de Mogi Mirim, dois de Estiva Gerbi e quatro de Tambaú, Caconde, São Paulo e Espírito Santo do Pinhal. Um homem de Mogi Mirim e um adolescente de Estiva Gerbi, que foram diagnosticados como soropositivos, receberam alta em abril.
Duas pacientes, de 44 e 49 anos, também soropositivo continuam internadas na UTI da Santa Casa. Há mais quatro pacientes em UTI, mas ainda aguardam os resultados dos exames. Outros 18 pacientes com suspeita da gripe estão internados em enfermarias da Santa Casa, do Hospital Municipal e do Hospital São Francisco.
Nas 77 notificações, a faixa etária é de 5 meses a 95 anos de idade e a maioria dos pacientes é do sexo feminino. Todos recebem tratamento assim que notificados, mesmo antes dos resultados dos exames, e a Vigilância Epidemiológica realiza ações de prevenção e bloqueio junto às famílias.
Manter a higiene pessoal, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, evitar as aglomerações e o contato físico com pessoas com sintomas suspeitos são algumas das recomendações para evitar o contágio.