Venda de imóveis registra queda de 17,27% na região de Campinas
Por outro lado, pesquisa de outubro do CreciSP mostra aumento do número de contratos de locação
Depois de apresentar uma alta de 40,04% no mês de setembro, as vendas de imóveis em Campinas e região fecharam outubro com queda de 17,27% na comparação com o mês anterior. A pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP), com 113 imobiliárias e corretores, mostra ainda o número de imóveis alugados em outubro na região foi 33,33% maior que o de setembro.
A pesquisa apurou que os imóveis mais vendidos e os mais alugados seguiram em outubro um padrão de preços que vem se mantendo desde agosto. Casas e apartamentos com preço final de até R$ 300 mil responderam por 61,22% das vendas em outubro, percentual que foi de 62,5% em setembro e de 62,3% em agosto.
Na locação residencial, 60% dos contratos assinados em outubro têm aluguel mensal de até R$ 1,5 mil, valor também presente em 66,66% dos contratos formalizados em setembro e em 56,45% dos assinados em agosto.
“Investidores que estão saindo de aplicações financeiras por causa da baixa rentabilidade e não querem se arriscar em operações com criptomoedas, por exemplo, têm nos resultados da pesquisa indicadores referenciais para investir nesses dois segmentos do mercado imobiliário da região”, afirma José Augusto Viana Neto, ao avaliar os resultados da pesquisa. “Um país com déficit de quase 6 milhões de moradias é garantia de que não faltará comprador nem inquilino.”
Nas 21 cidades pesquisadas em Outubro na região de Campinas, as 113 imobiliárias e corretores venderam mais apartamentos (54,72% do total) do que casas (45,28%), sendo que mais da metade (52,08%) está localizada em bairros de periferia.
As unidades restantes espalham-se por bairros de área nobres (31,25%) e centrais (16,67%). O padrão construtivo médio é predominante, com 53,66%, seguido pelo standard com 37,8% e luxo, com 8,54%.
Segundo apurou a pesquisa CreciSP, o padrão das casas vendidas em Outubro aponta preferência pelas de 2 dormitórios (57,14% do total), com área útil entre 51 e 100 metros quadrados (52,38%) e uma ou duas vagas de garagem (42,86% cada).
Os apartamentos mais vendidos têm 2 dormitórios (85,71%) ou 3 (14,29%), área útil entre 51 e 100 metros quadrados (46,43%) ou até 50 m² (53,57%) e contam com uma (82,14%) ou duas vagas de garagem (17,86%).
Locação
Na locação, os novos inquilinos optaram mais por casas (60,34%) que apartamentos (39,66%) e alugaram mais imóveis em bairros de periferia (65,63% do total) do que em regiões centrais (21,88%) ou em áreas nobres (12,5%). A maioria das residências é do padrão construtivo médio (69,49%).
O maior número de locações de casas foi das que têm 3 dormitórios (52%), com área útil variando entre 51 e 100 metros quadrados (44%) e 101 a 200 m² (36%), e com duas vagas de garagem (60%).
Os apartamentos mais alugados, 60% do total, foram os de 2 dormitórios (60%), seguidos pelos de 3 (26,67%) e de 1 (13,33%). A área útil desses imóveis variou de 51 a 100 metros quadrados (53,33%), de 101 a 200 m² (13,33%) e até 50 m² (33,33%). Têm uma vaga de garagem 60%; duas vagas, 26,67%; e 13,33% não têm nenhuma vaga.
A pesquisa CreciSP foi feita nas cidades de Americana, Amparo, Arthur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itapira, Itatiba, Jaguariúna, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D´Oeste, São João da Boa Vista, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
Via: Hora Campinas