ZOOFILIA – prática abominável e cruel contra animais As leis protetivas à fauna precisam ser revistas e mais contundentes

A crueldade contra os animais não tem limites. Diariamente, tomamos ciência de diversos deles abandonados nas ruas, agredidos, passando fome, além da prática de zoofilia, algo abominável e oriundo de mentes perversas e doentias. Infelizmente, isso é muito comum, principalmente, nos interiores do país, muitas vezes em fazendas. Alude-se que os praticantes dessa tortura têm desvio de caráter e outros adjetivos desqualificando-os. Sim, para mim, é uma união de atrocidades por parte de pessoas com instintos primitivos, selvagens, vocacionados a fazer o mal, gente que merecia ser rigorosamente punida sob a égide das leis vigentes em nosso país. Todavia, sabemos que a legislação ambiental que ampara e protege os animais é branda em sua essência e precisa de retificação e contundência. A prática de desprezo e coisificação dos animais vem de longe, dos velhos tempos, sempre entendendo os animais como seres “inferiores”, bens de propriedade a serviço do ser humano. Quanto absurdo e desumanidade!

Nós, defensores dos animais, sabemos o quão é difícil a mudança de paradigmas retrógrados, sempre desprezando a fauna em seu amplo espectro, muitas vezes, zombando deles. A selvageria ainda ronda muitas almas humanas, sequiosas de maldade para satisfazer o ego dominante nas sombras da má educação, afinal, uma criança bem educada jamais praticará algum mal a um animal, inclusive, quando tornar-se adulta. Não entendo apenas como doença da alma humana, mas, seres humanos inferiores que vêm ao mundo para prejudicar a vida em suas diversas manifestações, pois, aquele que pratica zoofilia, poderá, um dia, ser um sociopata ou, quem sabe, pedófilo.

As leis protetivas aos animais precisam ser revisadas imediatamente – precisamos pressionar o Congresso Nacional para esse fim, de forma democrática e educada. Não é possível em pleno terceiro milênio convivermos com verdadeiras idiossincrasias e predisposições de temperamento de terceiros, sem denunciar esses infames e cruéis que maltratam animais, em especial, zoófilos. Esses seres não têm amor próprio, não valorizam a vida e prejudicam os animais. São almas atrasadas e perturbadas que se deleitam em praticar o mal contra seres indefesos e mais fracos.

Se não houver mudança nas leis que amparam a fauna, tudo será inócuo e ficaremos batendo na mesma tecla. Como diz o velho ditado popular – estaremos enxugando gelo e nada será resolvido. Apenas, soluções paliativas e isso não resolve os problemas. Educar nas escolas e punir esses criminosos à luz de leis rigorosas são os verbos a ser conjugados no presente e no futuro, pondo fim à perversidade contra todos os animais. É preciso ter consciência e saber que leis são para ser cumpridas e a sociedade não pode se abster de denunciar esses déspotas do mal, que utilizam animais para essa prática nefasta, além do abandono de animais nas ruas e outras formas vergonhosas de maus-tratos a toda fauna.

– Tenho dito!

 

PINGANDO SABEDORIA

A decisão de manter os animais não humanos classificados como objetos e não sujeitos de direitos, obedece a uma perversa lógica de dominação.
Daniel Braga – jurista brasileiro

Gilberto Pinheiro é jornalista, ex-consultor da CPDA/OAB-RJ, palestrante em escolas e faculdades, destacando a senciência e direitos dos animais
Somos o Coração, a Alma, a Voz dos Animais
Gilberto Pinheiro

 

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