Trabalhadores da Santa Casa de Mogi Mirim marcam novo protesto para o dia 25 e ameaçam com greve

Depois muitas tentativas de negociação do Sinsaúde com a administração da Santa Casa de Mogi Mirim, os trabalhadores seguem sem proposta de reajuste salarial e benefícios. Diante do descaso da administração do hospital, que está sob intervenção da Prefeitura, o Sinsaúde convoca os trabalhadores para uma manifestação de protesto pelas ruas da cidade no dia 25 de agosto, quarta-feira, das 13h às 17h0. O descontentamento com a situação pode levar os trabalhadores à greve.

No último dia 17 foi realizada uma segunda audiência de mediação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) entre o Sinsaúde e a Santa Casa na tentativa de obter uma proposta da instituição. Os representantes da prefeitura e da Intervenção compareceram, mas não apresentaram proposta, insistindo que seja chamada a diretoria da Santa Casa.  O Desembargador que presidiu a sessão determinou então que apresentassem uma proposta em 48 horas.

No mesmo dia, dezenas de trabalhadores da Santa Casa participaram de um ato de protesto em frente à prefeitura do município, contra o desrespeito do interventor em atender as reivindicações da Campanha Salarial dos trabalhadores, que entre outros itens solicita o reajuste salarial de 8,90%.

Situação limite

Na primeira audiência no TRT, realizada no dia 10, os representantes da prefeitura e da intervenção da instituição também não apresentaram proposta. Uma nova audiência foi marcada para o dia 31 de agosto. Caso não resulte em acordo, os trabalhadores ameaçam entrar em greve no dia 1º de setembro

A situação chegou no limite. Paulo Gonçalves, diretor jurídico do Sinsaúde, lembra que desde março o Sindicato busca negociar o reajuste salarial de 8,90%, que é o índice da inflação medido nos últimos doze meses, para os trabalhadores da Santa Casa. “A administração do hospital tem sido intransigente nas negociações, tanto que nem envia representantes nas audiências no TRT, o que já configura um grande desrespeito”, diz.

Diante de tamanho descaso, os trabalhadores iniciaram um movimento para entrar em greve no começo de julho, quando então a prefeitura mostrou interesse em negociar, porém, não houve avanço, e os trabalhadores continuam nas mesmas condições.

A presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, condena o descaso do interventor da Santa Casa com os funcionários do estabelecimento. “Os trabalhadores merecem mais respeito e querem ter suas reivindicações levadas a sério. Elas são justas e necessárias, ainda mais em um momento do país em que os profissionais de saúde desempenham um papel de grande destaque no combate ao coronavírus, muitos deles, inclusive, perdendo suas vidas”, disse.

 

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